Mané Garrincha não mudará de nome e vai gerar energia
Durante encontro com correspondentes da imprensa internacional, o Governo do Distrito Federal reafirmou a posição de que o nome da principal arena da capital federal será Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha. A denominação não fere nenhum dos critérios exigidos pela Federação Internacional de Futebol (FIFA).
Publicado 09/04/2013 09:58 | Editado 04/03/2020 16:40
Segundo o secretário Extraordinário para a Copa, Claudio Monteiro, o nome está de acordo com a matriz de responsabilidades assumida pelo GDF quando o Brasil foi escolhido para sediar o torneio. "A FIFA veda o nome comercial ou político, o que de nenhuma forma é o caso de Brasília", disse.
O secretário acrescentou que não houve restrição da instituição máxima do futebol em relação à homenagem ao bicampeão mundial com a Seleção Brasileira. "Não recebemos qualquer proibição da FIFA quanto ao nome Mané Garrincha. Na verdade, não houve sequer questionamento da entidade", explicou.
Na lista de normas que regem a realização da Copa do Mundo, é proibido que os estádios recebam, em seu nome, marcas comerciais ou termos que possam ter um uso político. "A ideia é evitar problemas com os patrocinadores da competição ou que um político se aproveite da exposição gerada pelo evento", contou Monteiro.
Tradição
Inaugurada em 10 de março de 1975, a arena brasiliense recebeu o nome de Estádio Governador Hélio Prates da Silveira. Nos anos 1980, contudo, foi rebatizada como Estádio Mané Garrincha.
Com sua reconstrução total e transformação de simples estádio de futebol em arena multiuso – com equipamentos urbanos como teatro, restaurantes e lojas –, o local manterá o nome de Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha.
Estádio vai gerar energia
O novo Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha que será inaugurado no próximo dia 24 não será apenas um centro esportivo. O primeiro estádio do mundo a receber o selo Leed Platinum, um reconhecimento internacional de sustentabilidade, será, também, um importante gerador de energia elétrica para o Distrito Federal.
Células sensíveis à luz instaladas na cobertura do estádio serão capazes de transformar a luminosidade do sol em 2,4 megawatts de energia, o suficiente para iluminar 2 mil casas com alto perfil de consumo.
Essa quantidade de energia é suficiente para abastecer a arena multiuso em dias de jogos ou outros eventos, como shows. Assim, como o espaço não receberá esse tipo de programação todos os dias, enquanto estiver fechado essa energia servirá para iluminar residências.
Rentável
Em entrevista coletiva com a imprensa internacional, na manhã desta segunda-feira , o governador Agnelo Queiroz ressaltou que o espaço será um importante indutor de desenvolvimento. "Apenas os visitantes da Copa das Confederações e da Copa do Mundo devem trazer R$ 4 bilhões para o Distrito Federal", ressaltou.
Ele disse, ainda, que o espaço servirá como fonte de renda para o DF. "Já temos uma agenda cheia para o Estádio Nacional antes e depois da Copa do Mundo, como a Universíade, que a cidade é candidata. O resultado deve sair no fim deste ano. Diante disso, devemos passar a administração da arena à iniciativa privada, o que renderá recursos para o GDF", contou.
Limpo
O teto do novo Mané Garrincha é equipado com uma película capaz de reter a poluição. Por dia, retirará da atmosfera os poluentes equivalentes ao que é emitido por mil carros.
A água da chuva carregará os resíduos captados pelo telhado, depositando-os em um lago, onde, com ajuda de bactérias e plantas, será naturalmente limpa, sendo reutilizada nos banheiros do estádio.