Inácio Arruda critica alta de juros para conter a inflação

O senador Inácio Arruda (PCdoB-CE) criticou nesta terça-feira, do plenário do Senado, o que ele chamou de “clamor midiático” para aumentar as taxas de juros de qualquer jeito como um único remédio amargo para baixar a inflação. “Pelo amor de Deus, já chega!, disse o senador cearense, lembrando que o Brasil não suporta mais a velha política de que só se contém inflação se for através de taxas de juros altas.

“Isso é inaceitável. Nós não podemos ficar calados, assistindo à pressão sobre o Banco Central e dizendo: “cadê esse Banco Central? Não é independente não? Não vai exercer a sua independência e aumentar a taxa de juros?”

Para Inácio, um País que fez um programa social capaz de tirar milhões da miséria não pode aceitar que se dite a autoridade monetária. “Não podemos aceitar calados, porque taxas de juros altas, mesmo que seja zero qualquer coisa, 0,2, 0,25 de aumento, significa roubo em alta escala no bolso do povo brasileiro. São bilhões que se tiram de uma vez só. Enquanto se discutem aqui batedores de carteira, se aceita, calado, o assalto das taxas de juros no nosso País”, completou.

Inácio fez um apelo para que Congresso Nacional faça uma campanha permanente de não aceitar como única alternativa de controle de inflação a taxa de juros elevada. “Vamos produzir mais, vamos plantar mais tomate, vamos aumentar a produção de tomate, em vez de aumentar a taxa de juros. Se eu elevar a taxa de juros, vai ser menos tomate, vai ser menos hortaliça, vai ser menos colheita para o nosso povo”.

Mais um título para Lula

Ainda em seu pronunciamento, o senador Inácio Arruda parabenizou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva que está na Inglaterra, onde recebe mais um título de Doutor Honoris Causa, pelo papel que o ex-presidente desenvolveu com programas sociais capazes de tirar milhões de brasileiros da miséria. “Por essa razão, os acadêmicos, os economistas mais renomados da Inglaterra houveram por bem destinar à Lula esse título tão importante, tão significativo”.

Inácio informou ainda que Lula foi recepcionado também pelo vocalista de uma das mais importantes bandas de rock do mundo, o irlandês Bono Vox, que pediu ao ex- presidente para transformar os programas sociais que foram implantados no Brasil em programas mundiais. Só assim haverá condições de liquidar a miséria que ainda vigora em importantes nações do continente africano, em grande parte da Ásia, da América Latina e que atinge as periferias urbanas dos chamados países desenvolvidos como a Inglaterra, a Espanha, a Itália, Portugal.

“Esse mundo colonizador, esse mundo que praticou verdadeiras barbáries, destruindo nações inteiras, guerreando, soltando bombas atômicas, como fizeram os americanos no Japão. E agora acusam os outros de terem armas de destruição em massa, sendo que eles foram os únicos que usaram este tipo de armamento”.

Ainda em sua fala, Inácio ressaltou que foi exatamente o Presidente Lula que pediu, na reunião das Nações Unidas que, em vez de jogarem bombas fizessem um programa mundial amplo, de atendimento a bilhões de seres humanos que não têm direito as três refeições diárias.

Para Inácio é preciso vir alguém de foram como Bono Vox, para que a gente enxergue a importância, o papel de lideranças, de estadistas com peso mundial como a do presidente Lula. “A gente precisa que alguém diga isso lá de fora para nós, precisa que o Bono diga ao Brasil que essa liderança pode ajudar o mundo, que Lula pode percorrer os países, que o Brasil pode mostrar programas sociais importantes que deram certo, que resultaram no aumento da qualidade de vida do povo brasileiro e que o Brasil pode ser espelho para outras nações”, concluiu.

Fonte: Assessoria do senador Inácio Arruda (PCdoB-CE)