Camponeses paraguaios denunciam violência policial

Dirigentes paraguaios denunciaram que foram vítimas de um despejo violento por policiais que destruiram 32 casas,  na quarta-feira (10) em Tapiracuai Loma, no estado de San Pedro. 

De acordo com o jornal paraguaio Última Hora os camponeses Joaquín Rojas e Miguel Cuyua disseram que mais de 100 policiais os expulsaram de uma propriedade que ocupavam, pertencente ao estatal Instituto de Desenvolvimento Rural e da Terra (Indert). 

Os camponeses destacaram que os território não são propriedade privada. “A Fiscalização de Caaguazú chegou a fazer a intervenção supostamente da propriedade onde estávamos é a, mas nos tiraram do lugar, sem aviso e com repressão”.

Miguel Cuyua, em representação das famílias afetadas, destacou que os policiais pertencem à Caaguazú e atuaram em um território “de maneira violenta”, onde não têm jurisdição.

Ele agregou que as pessoas que foram prejudicadas pelo violento despejo, agora estão apoiadas nas outras famílias que vivem na terra pertence ao indert. “É injusto”, apontou o camponês.

Eles indicaram que os novos despejos incrementam a tensão nos estados de San Pedro e Caaguazú – de grande importância agrícola para o país – e constituem uma nova injustiça contra agricultores que não têm onde viver e trabalhar.

Golpe

Em junho de 2012, 17 pessoas morreram e 20 ficaram feridas durante despejo de uma fazenda localizada na cidade de Curuguaty. A responsabilidade do fato foi atribuída a priori ao ex-presidente Fernando Lugo pela oposição do país e usado como argumento para o julgamento no Congresso que acabou em sua destituição e posterior designação de Federico Franco como presidente. 

Fonte: TeleSur