Presidente do Senado paraguaio será destituído por corrupção

O Senado paraguaio convocou para esta quinta-feira (11) uma sessão que destituirá seu presidente, Jorge Oviedo, acusado de participar em uma operação oculta de venda de terras para o Estado, que foi qualificada pelos legisladores de corrupta.

Na noite da quarta-feira (10) completou o número de votos necessários por parte dos senadores para que Oviedo deixe no cargo com a confirmação da adesão da bancada da Frente Guaçu. 

“Os senadores representante da Frente Guaçu também votarão pela saída de Oviedo”, disse o líder da agrupação, Fernando Lugo, que em junho de 2012 foi destituído após julgamento político por suposto “mal desempenho de suas funções”. O ex-presidente paraguaio foi substituído pelo então vice-presidente Federico Franco.

A decisão de destituir Oviedo se tomou após o escândalo pela venda para o Estado de cinco mil hectares com superfaturamento e como parte de um presunto pacto politico. Este ato implicou em críticas para Luis Ortigoza, titular do Instituto de Desenvolvimento Rural e da Terra e a Federico Franco.
Segundo denuncias, Ortigoza ordenou que uma empresa de propriedade do pai do senador Oviedo comprasse os terrenos tramitando-se urgentemente o pagamento de 15 milhões de dólares por elas, abonados durantes um feriado e fechado para operações bancárias.

Além do superfaturamento e do estado das terras, a aquisição se concretizou, segundo a acusação, como condição para um acordo entre o partido Unacé, dirigido pel família Oviedo e o partido Liberal radical Autentico, que pertence a Franco, com vistas para as eleições gerais do próximo 21 de abril.

Diante desta situação, uma fiscal acusou funcionários da empresa vendedora e conseguiu uma ordem judicial para embargar o produto de tal operação situada em um banco, mas ao chegar para a entidade os encargos de executá-la, comprovaram que os recursos já tinham sido extraídos.

Organizações politicas e sociais expressaram indignação pelo ato, que gerou o impulso eminente para destituir Oviedo por maioria dos membros do Senado paraguaio.

Fonte: TeleSur