Ceará tem 3.250 postos vacinando contra a gripe

Os postos de vacinação nos 184 municípios cearenses já estão protegendo o público-alvo da campanha deste ano contra a gripe desde segunda-feira, 15. Até o dia 26 de abril, último dia da campanha, a meta no Ceará, que recebeu 1.716.940 doses da vacina, é imunizar 1.567.976 pessoas.

Entre elas, 192.914 crianças de seis meses a menores de 2 anos, 121.978 trabalhadores de saúde, 96.457 gestantes, 15.856 puérperas até 15 dias após o parto, 21.915 indígenas, 924.727 idosos a partir dos 60 anos, 178.930 portadores de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais, como obesidade e transplantados, e ainda 15.200 presidiários.

Na manhã desta sexta-feira, 19, para mobilizar as pessoas e despertar para a importância da vacinação na saúde, a Secretaria da Saúde do Estado e a Secretaria Municipal de Saúde de Fortaleza promovem o dia "D"de mobilização contra a gripe, no Centro de Saúde Matos Dourado, na Rua Floriano Benevides, s/n, bairro Edson Queiroz. Estão trabalhando na campanha 27.180 pessoas, com o apoio de 2.010 veículos para garantir ampla cobertura de vacinação nos 1.900 postos fixos e 1.350 postos volantes.

Para quem está com dificuldade de ir até um posto, há equipes que fazem a vacinação em domicílio. Durante a campanha são oferecidas as vacinas Trivalente, contra Influenza B (Sazonal), Influenza A (H3N2) e Influenza A (H1N1); Pneumococo 23 valente, contra doenças invasivas causadas pelo pneumococo para pessoas institucionalizadas e acamadas; Hepatite B, para intensificação na faixa etária até 29 anos; e dupla adulto, contra difteria e tétano.

A influenza é uma infecção viral aguda que afeta o sistema respiratório. É de elevada transmissibilidade e distribuição global, com tendência a se disseminar facilmente em epidemias sazonais. A transmissão ocorre por meio de secreções das vias respiratórias da pessoa contaminada ao falar, tossir, espirrar ou pelas mãos, que após contato com superfícies recém contaminadas por secreções respiratórias podem levar o agente infeccioso direto à boca, aos olhos e ao nariz.

Os sintomas, muitas vezes, são semelhantes aos do resfriado, que se caracterizam pelo comprometimento das vias aéreas superiores, com congestão nasal, tosse, rouquidão, febre variável, mal-estar, mialgia e cefaléia. A maioria das pessoas infectadas se recupera dentro de uma a duas semanas sem a necessidade de tratamento médico. No entanto, nas crianças muito pequenas, idosos e portadores de quadros clínicos especiais, a infecção pode levar à formas clinicamente graves, pneumonia e morte.

Os casos graves da doença evoluem para a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) levando até mesmo ao óbito. Essas complicações são bem mais comuns entre menores de 2 anos, idosos, gestantes e pessoas com história de patologias crônicas, podendo elevar as taxas de morbimortalidade nestes grupos específicos.

O Comitê Consultivo em Práticas de Imunizações (ACIP), do Centro de Controle de Doenças (CDC), assim como o Comitê Técnico Assessor em Imunizações (CTAI), do Ministério da Saúde, e a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) recomendam a vacinação de rotina contra a influenza para todas as mulheres gestantes durante o inverno.

Durante a epidemia da influenza sazonal, pandemias anteriores e a pandemia pela influenza A (H1N1) 2009, a gravidez colocou as mulheres saudáveis em risco aumentado, sendo as gestantes consideradas de alto risco para a morbidade e a mortalidade, reforçando a necessidade da vacinação.

Estudos têm demonstrado que as puérperas apresentam risco semelhante ou maior que as gestantes de ter complicações em decorrência da influenza durante a gestação ou no período do puerpério. Neste sentido, puérperas, no período até 45 dias após o parto, serão incluídas no grupo alvo de vacinação.

Fonte: Sesa