Francisca: “A situação da escola pública de São Paulo é caótica”

O Sindicato dos Professores do Ensino Oficial de São Paulo fará uma assembleia amanhã (19), às 14 horas no vão livre do Masp. A categoria reclama a desvalorização do professor e denuncia “a situação caótica” da escola pública estadual e a propaganda enganosa sobre o aumento de 8%. 

O governador Geraldo Alckmin anunciou na última quarta-feira (17), o aumento de 8,1% no salário dos professores, mas 6% deste porcentual já estava estabelecido por lei, sendo assim, o reajuste salarial é de apenas 2,1%.

A lei que fixou o aumento e o tempo para que acontecesse o reajuste é a lei 1143/11, que também obriga o governo estadual a negociar com as entidades.

“O governo deveria, no mínimo, conceder além dos 2% mais 5% referentes à recomposição do reajuste prometido para 2012. Lembre-se que o governo anunciou 10% de reajuste para julho de 2012, mas embutiu o percentual referente à incorporação da GAM, objeto de outra lei. Na prática, o reajuste de 2012 foi de 5%”, diz a circular do sindicato.

Segundo a vice-presidente da Apeoesp, “o aumento é insuficiente porque não repõe as perdas salariais dos últimos anos”.

“Esse anúncio de reajuste só ocorreu porque nós temos uma greve marcada para o próximo dia 19 (amanhã) e esse índice não repõe nem as perdas salariais. Sem a marcação da greve, nem esse reajuste nós teríamos”, disse Francisca.

A dirigente afirma que o governador, ao anunciar o reajuste, quer evitar o desgaste com a sociedade. “O PSDB esta no governo há mais de 20 anos e só tem destruído os serviços públicos. A situação da escola pública do estado mais rico da federação é caótica; os profissionais estão cada dia mais desvalorizados. É evidente que uma greve dos professores só vai tornar público o descaso desse governo com a escola pública".

A Assembleia está marcada para o dia 19 de abril, às 14 horas, no vão livre do Masp.

De São Paulo,
Ana Flávia Marx