Ministro sírio: "Estado mantém controle sobre todo o território"

O ministro da Informação Omran al-Zoabi assegurou que o Estado sírio segue mantendo o controle de todo o território nacional, e que não faz falta ter forças militares deslocadas em um lugar para exercer dita potestade. As declarações de al-Zoabi foram difundidas nesta sexta-feira (26) pela imprensa nacional síria, a partir de uma entrevista concedida na véspera em Moscou, à emissora Russia Today.

Ministro da Informação Omran al-Zoabi - The Guardian

“As autoridades cumprem as suas obrigações de manejar os assuntos mediante distintas formas e mecanismos para proteger a cidadania e garantir suas necessidades básicas, inclusive para quem vivem em zonas ocupadas pelos grupos armados opositores”, asseverou.

O titular referiu-se à recente decisão da União Europeia de autorizar a compra de petróleo às bandas mercenárias que aqui combatem, fato que catalogou de franca violação da Carta da ONU e as normas do direito internacional.

Todos os recursos naturais formam parte dos bens de um Estado e a legislação indica que não podem ser roubados por outras nações, recordou.

Considerou também que a oposição síria é muito heterogênea e carece de projetos políticos, o que a inibe para dispor de um forte enraizamento.

“A denominada oposição armada não existe já que o conceito de oposição deve ser político e pacífico; enquanto os denominados insurgentes são, em realidade, grupos terroristas que perpetraram crimes contra postos militares, povoados e zonas residenciais puramente civis”, ressaltou.

O titular de Informação desmentiu as imputações de governos e meios de comunicação internacionais que acusam Damasco pelo suposto uso de armas químicas contra os irregulares.

Se estas armas existiram, nem o Governo nem as Forças Armadas as usariam, enquanto enfatizou que a Síria é um dos poucos países da região que não dispõe de armas de destruição massiva, nucleares ou químicas.
Em contraposição, al-Zoabi responsabilizou aos mercenários pagos, treinados e armados por governos do Ocidente do Oriente Médio pelo uso de armas químicas na localidade de Khan al-Asal, na província de Alepo (ao norte do país), há pouco mais de um mês.

O ministro disse também que as autoridades pediram às Nações Unidas o envio de especialistas para investigar o incidente e tem colaborado neste sentido.

Entretanto, o secretário-geral da ONU Ban Ki-moon falou de investigações em outras zonas sírias, assim como dos “comitês de investigação que haviam visitado no Iraque e acarretaram a sua destruição, o que não podemos aceitar”, afirmou o ministro.

Com Prensa Latina