Intervenção dos EUA na Síria é possível, reconhece congresso

Membros da Câmara de Representantes estadunidense reconhecem a probabilidade de que a Casa Branca decida intervir na Síria, mas advertiram que seria um erro uma invasão com tropas terrestres.

Segundo o representante democrata pelo estado de Maryland Dutch Ruppersberger, todas as opções estão sobre a mesa, inclusive o estabelecimento de uma zona de exclusão aérea e o fornecimento de meios bélicos aos bandos armados que procuram pelo terror derrubar o governo do presidente Bashar al-Assad.

No entanto, segundo a líder da minoria democrata na Câmera de Representantes, Nancy Pelosi, não é possível fazer na Síria o mesmo que na Líbia em 2011, porque as forças armadas do Governo de Damasco possuem modernos sistemas antiaéreos e de outros tipos que são difíceis de neutralizar.

Congressistas republicanos e democratas coincidem que seria um erro uma invasão com forças terrestres, mas consideram que a criação de uma zona de proibição de vôos no espaço aéreo sírio é uma das opções de Washington e seus aliados em suas tentativas para derrubar o presidente Al-Assad.

O representante republicano pela Califórnia Darrell Issa, disse que a Casa Branca deve trabalhar com seus aliados da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) para estabelecer essa medida, mas isto não deve ser um chamado à guerra, senão uma possibilidade adicional para reduzir as capacidades do exército sírio.

O secretário de Estado, John Kerry; o vice-secretário de Defesa, Ashton Carter, e o vice-presidente da Junta de Chefes de Estado Maior, almirante James Winnefeld, falaram em uma sessão fechada aos membros da câmara baixa na sexta-feira (26) à tarde a respeito dos planos de Washington contra o governo de Damasco.

Segundo um artigo publicado neste sábado (27) pelo diário Los Angeles Times, as agências de espionagem estadunidenses concordam que setores da população síria têm sido expostos ao gás sarín, mas não têm provas para culpar as forças armadas do país árabe.

No entanto, o presidente Barack Obama, ameaçou na sexta-feira editar mais ações contra a Síria, mesmo perante essas investigações contraditórias sobre o suposto uso de armas químicas nessa nação, ainda que obviou toda referência à denúncia de Damasco ante a ONU de seu emprego pelas bandas armadas que com o apoio de Washington atuam no país árabe.

O tema das armas químicas faz parte de uma ampla campanha da imprensa ocidental para justificar uma intervenção externa contra o governo de Al-Assad.

Fonte: Prensa Latina