ONU recorda vítimas de armas químicas e apela por Convenção
A Organização das Nações Unidas (ONU) reafirmou nesta segunda-feira (29) a importância de universalizar a Convenção contra as Armas Químicas, que entrou em vigor em 1997. A mensagem passada teve como motivo o dia internacional para recordar das vítimas desses recursos, aos que a declaração qualifica de “moralmente repugnantes”.
Publicado 29/04/2013 10:00
A Convenção sobre a Proibição do Desenvolvimento, Produção, Armazenagem e Uso de Armas Químicas e sobre a sua Destruição foi assinada em 1993 e entrou em vigor em 29 de abril de 1997.
Em sua mensagem pela ocasião da recordação, o secretário-geral da ONU Ban Ki-Moon indicou que o espectro desses engenhos volta a projetar a sua sombra em meio a recentes alegações sobre o seu suposto uso na Síria.
O titular da organização mundial disse que a Convenção de 1997 criou o marco necessário para a eliminação dessas armas e para o avanço no uso pacífico da química, ao mesmo tempo em que patenteia o rechaço dos signatários à repetição das atrocidades do passado.
Ban disse também que, na atualidade, está verificada a destruição de quase 80% dos arsenais dessa classe.
Não obstante, lamentou que ainda há oito países que se mantêm alheios à Convenção, aos quais instou aderir à iniciativa.
Trata-se de Israel, Egito, Angola, Síria, Somália, República Popular Democrática da Coreia, Myanmar e Sudão do Sul. Dentre eles, por exemplo, há evidências do uso de armas químicas por parte de Israel (especialmente do fósforo branco) sobre áreas habitadas da Faixa de Gaza, na operação militar Chumbo Derretido, de 2008-2009.
Desde a sua entrada em vigor, a Convenção conta com 188 Estados parte, que representam 98% da população mundial, de acordo com dados da ONU.
Com Prensa Latina,
da redação do Vermelho