Farc pedem para população defender solução política para conflito

As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia – Exército do Povo (Farc-EP) convocaram a população, nesta sexta-feira (3), para defender os diálogos de paz  que a guerrilha realiza com o governo de Juan Manuel Santos pelo fim do conflito armado no país. 

Farc - Iván Márquez - Delegação das Farc

Em seu pronunciamento do Palácio de Convenções de Havana – sede permanente das conversas – o líder da delegação insurgente, Iván Márquez , pediu  para o “povo colombiano mobilizado pela paz” a não tolerar tentativas de “sabotar os esforços de reconciliação e os avanços ostensivos na construção do acordo [de paz]”. 

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“Nos corresponde defender, com corpo e alma, a solução política do conflito social e armado. As Farc estão cheias de otimosto e determinação”, afirmou o guerrilheirono fechamento do oitavo ciclo dos diálogos. 

Márquez demandou do Estado participação política para a cidadania e democracia plena. “Um governo democrático não persegue, nem reprime a opção política. Educa os cidadãos e os militares na cultura da tolerância. Não permite o assassinato de quem demanda suas terras violentamente usurpadas”, advertiu. 

As Farc e o governo colombiano concluíram nesta sexta-feira (3) o oitavo ciclo das conversas que foram centradas até o momento em analisar a questão da terra, considerada chave para a resolução do conflito.

A agenda da mesa de conversas inclui temas como a participação política, a assistência para as vítimas e a solução ao problema das drogas ilícitas, entre outros.

Neste sábado (4), o diálogo de paz entra em um recesso até o dia 13 de maio. Declarações das partes geraram na opinião pública colombiana e internacional expectativas em torno a aproximação de um acordo sobre a questão agrária, que permitirá passar para o tema da participação política.

Acompanhe no Vermelho o especial sobre os Diálogos de Paz 

Com Prensa Latina