Farc e governo colombiano concluem outro ciclo de diálogos

Os diálogos de paz referente ao conflito na Colômbia prosseguem nesta quinta-feira (2), depois de um dia de recesso. Para esta sexta-feira (3) está previsto o fim do ciclo, o que levanta expectativas para possíveis acordos sobre o tema agrário, um dos principais na agenda de negociações entre as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia-Exército do Povo (Farc-EP) e o governo do presidente Juan Manuel Santos.

Farc e governo colombiano - Prensa Latina

Após cinco meses transcorridos desde o início das conversações entre as partes, em novembro, na capital cubana de Havana, o fim do presente ciclo suscita expectativas sobre acordos no assunto que serviu de base às conversações em todo o período.

Neste sentido, as manifestações positivas de ambas as partes sobre a necessidade de lograr aproximações dão indícios sobre a possibilidade de chegar a resultados concretos, assim como à realização de um foro preparatório para o seguinte tema da agenda, referente à participação política.

De 28 a 30 de abril este foro foi celebrado em Bogotá, capital colombiana, com o propósito de recolher a maior quantidade de propostas e critérios cidadãos para enriquecer o processo de paz, iniciado em 19 de novembro, com Cuba e Noruega como facilitadores.

Na última jornada de conversações, em sua sede habitual no Palácio das Convenções cubano, a guerrilha ressaltou o respaldo do Conselho de Direitos Humanos da ONU à mesa de negociações, que busca pôr um fim ao conflito armado de mais de meio século.

“Aplaudir o processo de paz deve significar sublinhar a superação das profundas desigualdades sociais, a miséria crescente de que a Colômbia padece e a continuada violação dos direitos humanos, o que implica uma profunda reestruturação do regime de terror imperante”, disse Jesús Santrich, membro das Farc-EP.

Além do tema agrário e da participação política, a agenda para o diálogo inclui outros quatro referentes ao fim do conflito armado, a solução do problema das drogas ilícitas, os direitos das vítimas e os mecanismos de verificação e referendo do acordado na mesa.

Com Prensa Latina
da redação do Vermelho