Servidores deflagram estado de caos do governo Alckmin
Servidores públicos da educação estadual, que estão em greve há quase um mês e os funcionários da saúde, especialmente do Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual, contrários ao projeto de privatização do hospital evidenciam o caos do governo tucano de Geraldo Alckmin provocado pela implantação do projeto neoliberal.
Publicado 07/05/2013 12:05 | Editado 04/03/2020 17:16

Em greve desde o dia 19 de abril, os professores também deixam claro que os problemas que a educação pública enfrenta emana justamente da raiz do projeto que cada vez mais desresponsabiliza o Estado na garantia de direitos básicos e estruturantes da sociedade.
Os professores continuam em estado de greve e devem decidir na próxima sexta-feira (10), sobre os desdobramentos da paralização. Entre as principais reivindicações da categoria estão a reposição das perdas salariais acumuladas desde fevereiro de 1998 (36,74%); reajuste imediato de 13,5% (2% agora propostos, mais 5% referentes à parcela do reajuste não paga em 2012, mais 6% já assegurados pela Lei Complementar 1143/2011).
Faz parte da pauta também a implantação da jornada do piso de no mínimo 33% para preparação de aulas e formação, a extensão da forma de contratação, direitos e condições de trabalho do professor da categoria ”F” para o professor da categoria “O”.
Os manifestantes não abrem mão de igualdade de direitos para todos os professores,
indiscriminadamente. “É preciso manter a firmeza e convicção de que nossas reivindicações são justas e é por isso que essa greve está se sustentando, por isso temos que pressionar todos os responsáveis, do governador, ao secretário estadual de gestão, para a incorporação dos professores da categoria “O” no mesmo esquadro de direitos da categoria “F””, defendeu Francisca Pereira da Rocha, vice-presidente da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial de São Paulo).
Contra a privatização na Saúde
Os servidores do Iamspe decidiram em assembleia geral, realizada nesta segunda-feira (06) entrar em greve saúde. Nesta terça-feira (7), os funcionários fizeram um ato em frente ao prédio da administração do hospital em que participaram cerca de 700 trabalhadores.
Para o delegado sindical de base do hospital, Ivan Santana, o recuo de fazer uma parceria público – privada (PPP) só aconteceu porque os servidores se movimentaram.
“Segundo o secretário Davi Zaia e Júlio Semeghini, eles abortaram o projeto de PP, mas internamente o superintendente está tratando como projeto de uma autarquia especial. Mudou o nome, mas a ideia de privatização é a mesma, um sinal de que PP ainda está na pauta é a falta de diálogo com os trabalhadores para mostrar que o projeto, de fato, mudou”, declarou Ivan.
Os servidores da saúde convocaram uma assembleia geral para o próximo dia 10 de maio, que será realizada na quadra do Sindicato dos Bancários. A categoria exige que avance a regulamentação da jornada dos trabalhadores administrativos, o reajuste salarial de 32,2% de reposição das perdas salariais de 2008 a 2012 e o aumento do vale refeição, que é de R$ 8,00 e é conhecido entre os funcionários como “vale coxinha” para R$ 26,22.
“O acordo entre o governo do estado e o sindicato é de 1997. No ano passado, o governo criou um grupo de trabalho para encaminhar o projeto da regulamentação das 30 horas e até agora está parado na Casa Civil. Essa demora tem gerado conflitos com a direção de unidades e hospitais que tentam resolver sua falta de pessoal pressionando pelas 40 horas”, divulgou o SindSaúde.
De São Paulo,
Ana Flávia Marx