Colômbia: Produtores de batata declaram greve 

Depois de 10 horas de negociações com o ministro de Agricultura, Juan Camilo Restrepo, os produtores colombianos de batata anunciaram que continuarão em greve até o governo oferecer uma solução concreta a suas revindicações.

Greve colômbia batata - Hisrael GarzónRoa

Da reunião, prolongada até a madrugada e que continua nesta quarta-feira (8), participaram também o vice-ministro Andrés García, representantes do Fundo para o Financiamento do Setor Agropecuário, funcionários públicos do Banco Agrário, parlamentares das regiões produtoras de batata e porta-vozes dos agricultores.

O tema central dos protestos continua sendo os Tratados de Livre Comércio (TLC) e sua repercussão nos cultivos agrários, a restrição às importações, o refinanciamento dos créditos bancários, um preço de sustentação de 85 mil pesos (46,8 dólares) por saca de 120 quilos e um subsídio para plantar.

Em declarações para jornalistas, Alejandro Esteves, presidente da Federação Nacional que reúne os produtores de batata, afirmou que uma das grandes preocupações do setor é a crescente importação de batata dos Estados Unidos e da Europa.

Na Colômbia, chegam anualmente 20 mil toneladas de batata vindas de países onde o custo de produção é menor que os 450 mil pesos colombianos (245 dólares) por hectare no país. Os TLC, argumentam os produtores, levaram-nos à quebra. "Estamos contra a parede", expressaram.

Crise no setor 

Aos protestos se somaram vários setores que exigiram respostas à severa crise que afeta o setor agrário colombiano, entre eles os lavradores de banana, cebola, algodão, produtores de leite. Segundo explicou o titular de Agricultura, foram constituídas várias mesas de trabalho para aprofundar em temas como financiamento, recursos, comércio e sementes.

Em cada uma delas procuraremos acordos e consensos sobre mecanismos de apoio para procurar soluções à difícil problemática que os produtores enfrentam.

Fonte: Prensa Latina