Israel reverá lei para divisão religiosa da mesquita Al-Aqsa

O diretor-geral do Ministério de Assuntos Religiosos de Israel anunciou, durante uma sessão o parlamento israelense (Knesset), nesta semana, que está procurando rever a lei que permitirá judeus a realizarem rituais religiosos na mesquita de Al-Aqsa. Um comitê parlamentar está encarregado de examinar a questão em maior detalhe.

Jerusalém - 972mag

O Minstério considerou "medidas oficiais necessárias" para permitir aos judeus realizarem "livremente" os seus rituais, e que proibi-los de fazê-lo é considerado uma "violação do direito de crença". Ainda, o ministério está procurando dividir a mesquita de Al-Aqsa (onde os judeus acreditam ter sido o Templo Judeu, há quase 2.000 anos), entre muçulmanos e judeus.

Moshe Feiglin, um parlamentar do partido do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, Likud, radical direitista, expressou surpresa pelo fato de que a mesquita não tinha sido dividida, e perguntou: "como podemos aceitar o fato de que os judeus não têm direito a rezar no lugar mais sagrado para eles?"

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Além disso, a líder do comitê Miri Regev disse que "proibir os judeus de rezarem na mesquita de Al-Aqsa, ou no 'Monte do Templo' [como os judeus chamam a área] é uma discriminação inaceitável e um ataque ao direito à religião".

Uma estação de rádio israelense emitiu uma discussão nesta quarta-feira (8), a respeito da lei e dos objetivos de permitir um maior número de colonos judeus de entrarem na mesquita, ao mesmo tempo em que os palestinos e atores regionais mostram-se preocupados com Jerusalém e advertiram contra a divisão da mesquita, tanto em termo de estrutura quanto de tempo, como é o caso com a mesquita de Abraão, em Hebron, que já foi cenário de violência direta entre judeus e árabes diversas vezes.

Fonte: Middle East Monitor
Tradução da redação do Vermelho