Chilenos pedem nacionalização do cobre para financiar educação

Estudantes chilenos ocuparam de maneira pacífica a sede central do Ministério da Fazenda, em protesto para que o governo adote medidas para garantir uma educação pública, gratuita e de qualidade.  

Educação - Chile - Telam

Assim confirmou a correspondente da TeleSUR no Chile, Beatriz Michell, por meio de sua conta no Twitter “Estudantes tomam dependências públicas exigindo reforma tributária e nacionalização do cobre para financiar educação gratuita”. 

Os jovens exigiram novamente para a administração do presidente Sebastián Piñera que em seu relatório anual da gestão, que se realizará na próxima terça-feira (21), se pronuncie sobre uma verdadeira reforma tributária e o emprego dos recursos provenientes do cobre para assegurar a reforma no ensino. 

“De uma vez por todas, escute a cidadania e suas demandas, anunciando em 21 de maio, o impulso de reformas que apontem para assegurar que os recursos que o Chile possui sejam utilizados para garantir direitos sociais, como a educação pública, gratuita e de qualidade”, declarou o porta-voz da Confederação dos Estudantes do Chile, Mario Domínguez.

Após uma hora de protesto, os jovens puseram fim a ocupação do ministério, ação que se replicou em outros edifícios públicos.

Cobre

Os trabalhadores do cobre realizaram uma manifestação na quarta-feira (15) e nesta quinta-feira (16) a Confederação dos Trabalhadores do Cobre (CTC) e a mineira estatal Codelco assinaram um acordo que amplia os benefícios para os cerca de 40 mil filiados à organização sindical e põe fim a duas semanas de mobilizações em várias regiões do país, por melhores condições de trabalho. 

O cobre tem sido fundamental para o desenvolvimento da economia do Chile. Em somente duas décadas (1990-2011) as exportações cupríferas aumentaram 11 vezes; menos de quatro bilhões em 1990 e cerca de 45 bilhões em 2011; as exportações totais superam os 80 bilhões.

Fonte: TeleSUR