Videoconferência do Fetipa aborda trabalho infantil doméstico

O Fórum de Erradicação do Trabalho Infantil e Proteção ao Adolescente Trabalhador (Fetipa) realiza na segunda-feira (27/5), uma videoconferência em atenção ao 12 de junho, data em que é comemorado o Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil). O encontro tem início às 14h, no Instituto Anísio Teixeira (IAT), em Salvador.

Com o tema “Trabalho Infantil Doméstico: Não mate a infância. Lugar de Criança é na Escola”, a videoconferência é uma estratégia do Fetipa para alcançar vários municípios do Estado, contando com a estrutura do Instituto Anísio Teixeira e focando na mobilização como maior ponto para êxito.

De acordo com a presidenta do Fetipa, Arielma Galvão, o encontro tem o objetivo de mobilizar a sociedade e os estados para a situação em que se encontram crianças e adolescentes, que realizam trabalho doméstico em condições perigosas e frequentemente expõem suas vidas a riscos.

A videoconferência apoia a campanha do Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil (FNPETI), feita em parceria com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), com foco no combate ao trabalho infantil doméstico, proibido para pessoas menores de 18 anos.

Realidade

Conforme dados do Censo/2010, há na Bahia um total de 288.315 crianças e adolescentes, com idades entre 10 a 17 anos, em situação de trabalho infantil. Desse universo, 23.347 (8%) estão no trabalho infantil doméstico. São 21.613 meninas (92.6%) e 1.734 meninos (7.4%).

“Apesar de não ser tratado de forma especifica em algumas das leituras de dados estatísticos, é possível afirmar, que a maioria das meninas em situação de trabalho infantil são meninas negras. É um quadro que precisa ser refletido e modificado, e as políticas públicas precisam ir ao encontro das fontes causadoras do trabalho infantil e de sua permanência no imaginário social, como se fosse algo positivo”, explica Arielma Galvão.

De Salvador,
Ana Emília Ribeiro
Com informações da Setre