Frente Parlamentar vê pracariedade em penitenciária

A deputada Angela Albino, que preside a Frente Parlamentar Mista de Combate à Violência, o presidente da Comissão de Segurança da Assembleia Legislativa, deputado Mauricio Eskudlark (PSD), e o vereador por Florianópolis Ricardo Vieira, que coordena a Frente na Câmara Municipal da capital, visitaram, nesta quinta-feira (23), o Complexo Penitenciário de São Pedro de Alcântara. Os parlamentares ficaram restritos à ala administrativa e recebimento de visitas e não receberam permissão do governo para inspeção na ala dos presos. Mesmo assim, ficaram constatados os dados alarmantes como o número extremamente baixo de agentes prisionais em plantões (cerca de um quarto do necessário), além da falta de equipamentos básicos de segurança e outros aparatos para revista de visitas.

“Existe uma grave precariedade no sistema carcerário e essa insegurança está tomando as ruas. Não podemos permitir que isto continue. O governo precisa tomar medidas urgentes e definitivas para garantir a segurança dentro do complexo e nas ruas”, disse a deputada.

Na chegada ao presídio, os parlamentares se reuniram com o diretor Renato Fernandes Silva, que deixa o cargo nesta sexta-feira. Ele revelou dados confidenciais sobre a quantidade de agentes prisionais no Complexo, que seria de pelo menos um quarto do necessário. Além disso, mostrou aos parlamentares a falta de equipamentos para revista das visitas e também de aparatos para a segurança dos agentes em trabalho. "Nosso detector de metais funcionou durante duas semanas e agora está estragado. A revista íntima dos familiares é feita com o uso de espelhos já que não temos o equipamento que evitaria a situação constrangedora", contou. Além disso, o diretor que será substituído a partir de amanhã pelo agente penitenciário Edemir Alexandre Camargo Neto, negou aos integrantes da Fr ente que exista maus tratos e garantiu que não há superlotação na unidade.

Angela Albino anunciou que a próxima reunião da Frente será na segunda-feira (27) e que levará a situação para o governo do estado para que tome medidas efetivas. "A contratação emergencial de 64 agentes não resolve o problema. O governo está atrasado nas suas soluções, já que desde o ano passado enfrentamos os ataques. É preciso criar definitivamente uma política pública de segurança. Enquanto isso, estaremos apagando incêndios e vendo nossa população sob risco", afirmou.