Irã denuncia lei dos EUA para apoio a Israel em caso de guerra

“A aprovação de uma resolução que obriga os Estados Unidos a apoiar o regime israelense em um eventual conflito com o Irã carece de legitimidade e é contrária às normas internacionais”, declarou nesta terça-feira (28) o ministro de Defesa iraniano, General da Brigada Ahmad Vahidi. O Senado dos EUA aprovou uma resolução, há uma semana, que estabelece a Washington a obrigação de respaldar qualquer ação militar de Israel contra o país persa, sob o pretexto da “autodefesa”.

“Sem dúvida alguma, o regime israelense resistiu até agora graças ao apoio incondicional dos norte-americanos; entretanto, a aprovação dessa legislação, que é uma clara violação dos princípios do direito internacional, permitirá a continuação das agressões desse regime”, afirmou Vahidi.

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A legislação no Senado estadunidense foi aprovada com 99 votos favoráveis, e prevê que, caso o regime de Israel “se veja obrigado a empreender uma ação militar em autodefesa”, o Governo dos EUA também deve respaldá-lo e proporcionar-lhe “apoio diplomático, militar e econômico”.

Segundo o titular de Defesa do Irã, a adoção de tais medidas provoca a intensificação do belicismo e dos crimes contra a humanidade, institucionalizados pelo governo israelense. Vahidi disse também que “a aprovação desta lei mostrou mais uma vez o baixo nível de cultura dos seus aprovadores”.

Cabe mencionar que o regime de Tel Aviv ameaçou o Irã, em reiteradas ocasiões, de atacar as instalações nucleares do país sob o pretexto e a acusação infundada de que o país persa está produzindo bombas atômicas, uma imputação que Teerã rechaçou categoricamente.

Referindo-se às recentes alegações sobre o envio de forças militares iranianas à Síria, Vahidi assinalou que tais acusações buscam desviar a opinião pública das ajudas armamentistas que alguns países ocidentais e regionais oferecem a terroristas (nacionais e estrangeiros) que atuam na Síria.

Os que enviaram mercenários terroristas à Síria “e deram a eles todo o tipo de ajudas pretendem, ao recorrer a essas falácias, tapar suas medidas ilegais, entre elas equipar os grupos armados opositores que lutam contra o governo de Damasco”, agregou.

Desde meados de março de 2011, a Síria é cenário de distúrbios perpetrados por terroristas financiados e dirigidos desde o estrangeiro, cujo objetivo é derrocar o Governo do presidente Bashar al-Assad.

Fonte: HispanTV
Tradução da redação do Vermelho