Embaixador palestino na ONU denuncia colônias israelenses ilegais
O embaixador palestino na Organização das Nações Unidas (ONU) Riad Mansur afirmou nesta sexta-feira (31) que o regime israelense demonstrou, em reiteradas ocasiões, que prefere a expansão dos assentamentos judeus ao invés da paz e da segurança. A construção em terras palestinas tem sido criticada constantemente, inclusive por aliados de Israel, como prejudiciais para um “processo de paz” que os Estados Unidos dizem pretender retomar.
Publicado 31/05/2013 11:48

Através de três cartas dirigidas ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, o presidente do Conselho de Segurança das Nações Unidas e o presidente da Assembleia Geral desta entidade internacional, Mansur criticou fortemente a contínua construção de colônias israelenses, qualificando-a de “violação” das normas internacionais e um desrespeito da vontade da comunidade internacional.
Além de lamentar que a nação palestina ainda esteja sob a opressão do regime israelense, o representante palestino denunciou o grande esforço do governo daquela instituição para confiscar ainda mais terras palestinas, não permitindo que os esforços por um processo de paz deem resultado.
Ao tachar a continuação da expansão de assentamentos israelenses de “ilegal”, advertiu que essas medidas terão consequências perigosas. Mansur ressaltou também que a migração forçada dos habitantes originais de uma pátria e a colonização das suas terras é considerada um crime injustificável pelo direito internacional.
Uma organização não-governamental entre muitas que avaliam os assentamentos israelenses informou nesta quarta-feira (29) que o regime de Israel planeja construir cerca de 1.000 novos assentamentos ilegais em Jerusalém (Al-Quds, em árabe) em breve.
A ONG afirmou que foram assinados contratos para cerca de 300 residências no assentamento noroeste de Ramot, e 797 parcelas serão postas à venda no assentamento ao sul, Gilo. Um novo informe também revelou que o governo israelense confiscou 1.977 hectares de terras na Cisjordânia, para levar a cabo construções ilegais sob o direito internacional, apenas em 2012.
Mais de meio milhão de israelenses vivem em mais de 120 assentamentos ilegais nos territórios ocupados da Palestina, em construções realizadas desde a expansão da ocupação e anexação conduzida por Israel a partir da Guerra dos Seis Dias, ou Guerra Árabe-Israelense, em 1967.
A continuação da expansão de colônias israelenses na Palestina ocupada converteu-se no maior obstáculo para os esforços de paz na região. A medida foi condenada pela ONU e por numerosos países e organizações internacionais, com base na Convenção de Genebra, principalmente, que proíbe a construção em terras ocupadas militarmente.
O governo atual de Israel é conformado por uma coalizão de extrema-direita e por representantes diretos de colonos israelenses em terras palestinas, o que torna qualquer iniciativa para o congelamento das construções, uma condição dos palestinos para a seriedade das negociações, virtualmente impossível.
Com HispanTV,
da redação do Vermelho