UNE uma entidade guerreira e atenta às lutas do Brasil

Com o Goiânia Arena lotado e uma juventude afiada e cheia de energia, o 53º Congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE) seguiu com as atividades em seu terceiro dia de debate, neste sábado (1º). O Congresso está acontecendo em Goiânia, no estado de Goiás, e também pode ser acompanhado pela internet.

Joanne Mota, de Goiânia para o Portal Vermelho

Em entrevista ao Portal Vermelho, Daniel Iliescu, presidente da UNE, informou que a principal atividade destes sábado é a aprovação do programa da organização. “Os debates de defesa foram iniciados no final da manhã com a discussão sobre as teses de conjuntura. Após o almoço, retomamos as discussões para definição das teses que definem a luta pela educação e o movimento estudantil”, informou o presidente da UNE.

Durante o debate de conjuntura, a estudante de Letras da USP Virgínia Barros (Vic) destacou a centralidade do 53º Congresso da UNE e a força que a juventude para mudar o Brasil. Durante sua fala, ela pontuou os desafios que o movimento estudantil travou e ainda irá travar pela construção de um novo Brasil.

Na oportunidade ela também falou sobre o papel da mulher, da estudante, na luta política. “Ainda que sejamos maioria na universidade, nos espaços de poder dentro do campus ainda somos minoria. Estamos batalhando para colocar mulheres nos espaços de poder, inclusive, para servir de inspiração. É fundamental que a gente naturalize a presença da mulher nos espaços de poder, e a juventude organizada tem isso muito bem amarrado”, afirma Vic, que também é militante da União da Juventude Socialista (UJS).

Foto: Joanne Mota

Educação pública, aberta e de qualidade

Ao longo de mais de 4 horas centenas de estudantes fizeram o uso da palavra para expressar sua opinião sobre a situação da educação no Brasil. 

Para além da diversidade das falas, todos os jovens concordaram com uma bandeira: é preciso lutar por uma educação pública, aberta e de qualidade. Outra questão colocada por todos é a necessidade de se ampliar os investimentos nos equipamentos de ensino e nos profissionais que fazem esses equipamentos funcionarem. Segundo a plenária, é impossível falar em expansão sem dar conta da problemática estrutural das creches, escolas, institutos e universidades.

Sobre a questão da política de cotas, os estudantes avaliaram que este é um ponto fundamental para se avançar no combate as desigualdades no país. Também foi pontuado por todos os estudantes a necessidade de se brecar a privatização do ensino iniciada pelos governos neoliberais.

Em relação ao Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), a plenária pontuou os avanços, mas destacou que há ainda uma longa jornada no enfrentamento das dificuldades que deterioram a educação no Brasil. 

Foto: Joanne Mota

Movimento estudantil

Sobre a defesa das teses de fortalecimento do eixo movimento estudantil, a plenária concordou que a juventude unida sempre será um muro contra a opressão aos jovens. A estudantada foi unânime na defesa da luta contra o imperialismo, a mídia conservadora. 

A plenária também reforçou a necessidade de seguir fortalecendo a entidade, seja pelo papel de resistência na luta política, seja por toda a sua trajetória na construção da história do país.