Por unanimidade, trabalhadores da Sabesp decretam greve

Assembleia realizada hoje a noite (03), no Sindicato dos Trabalhadores de Saneamento e Meio Ambiente (Sintaema) decretou estado de greve da categoria por tempo indeterminado. A proposta de reajuste de 6,95% foi rejeitada pelos trabalhadores.

Greve Sintaema - Sintaema

Após participar da reunião de negociação com o Tribunal Regional do Trabalho em que estavam presentes também outros dois sindicatos, o dos Advogados e dos Engenheiros, cerca de 600 trabalhadores participaram da assembleia para discutir a proposta do governo.

Segundo o presidente do Sintaema, Rene Vicente dos Santos, a categoria reivindica o fim do salário regional que “acarreta em uma diferença de até 20% entre o pagamento dos trabalhadores da capital e do interior do estado”.

A proposta anunciada na reunião do TRT de 6,95% 6,95% de reajuste salarial, com repasse aos benefícios foi rejeitada pela categoria. “A Sabesp é a única empresa estatal de São Paulo que pratica a diferença salarial. Nós queremos acabar com isso e  queremos também o aumento real dos benefícios”, reivindica Rene.

Para Rene, o governo de Geraldo Alckmin passa a orientação de brecar as negociações com o funcionalismo público e por isso as greves no setor se acentuaram no último período. Além dos trabalhadores da Sabesp, só no mês de maio os professores e trabalhadores da saúde também paralizaram as suas atividades, além de funcionários do metrô e da CPTM (Companhia Paulista de Transporte Metropolitano) que também estão em assembleia para decidir se entram em greve.

No próximo dia cinco de junho será feita uma nova audiência no TRT, às 11 horas. Os sindicalistas ressaltaram que a “greve dos trabalhadores da Sabesp não afetará o abastecimento de água, pois serão mantidos os plantões, bem como o atendimento de emergências”.

De São Paulo, Ana Flávia Marx