Exército sírio retoma controle de região estratégica na fronteira

As forças de segurança sírias, durante uma operação de inteligência nos arredores da capital Damasco, eliminaram vários rebeldes de grupos armados, que desempenhavam ações de terrorismo na região. As informações foram dadas nesta quarta-feira (5), pela agência de notícias estatal da Síria, Sana. Na operação, as forças armadas conseguiram retomar o controle de uma importante cidade Al-Qusair, perto da fronteira com o Líbano, onde recebiam apoio do movimento de resistência libanês Hezbolá.

Soldados sírios retomam controle - HispanTV

Segundo uma fonte oficial, o exército continuou nesta terça-feira (4) à noite as operações para reestabelecer a segurança e a estabilidade na estrada de Damasco-Homs, e matou dois líderes de grupos armados, Abu Hamza, do batalhão de “Rijal Alá” e Yasser al-Hamwi, da brigada de “Ansar al-Haq”.

Durante a operação, as forças nacionais desativaram três artefatos explosivos colocados por terroristas perto da estrada, em uma zona aldeã na província de Damasco. Neste sentido, no distrito de Zamalka, uma unidade do exército destruiu um esconderijo, o que causou a morte de vários dos que se encontravam no interior e ferindo outros.

Outra unidade do exército acabou com a vida de dezenas de rebeldes envolvidos com atos de terrorismo na encruzilhada de Masraba, no município de Duma, situado a cerca de 10 quilômetros ao noroeste de Damasco.

Enquanto isso, o exército enfrentou os grupos terroristas no bairro de Al-Tal, nas redondezas da capital, e matou vários deles, inclusive Hasan al-Qalmouni, líder do grupo chamado “Ansar al-Haq”.

Há meses o Exército da Síria leva a cabo operações contra elementos envolvidos com ações terroristas em diferentes pontos do território sírio, nas que conseguiu eliminar um grande número deles e recuperar o controle de diferentes partes do país.

Desde 2011, Siria es testigo de una ola de violencia protagonizada por los grupos terroristas apoyados desde el extranjero, con el fin de derrocar al Gobierno constitucional de Damasco; los disturbios en Siria han dejado un sinnúmero de muertos y heridos, entre ellos civiles y miembros del Ejército y personal de seguridad.

Retomada do controle

A província de Homs esteve sob a atenção internacional por vários meses pelos combates entre as forças oficiais e os grupos armados, muitos compostos por mercenários estrangeiros e financiados desde o exterior. A região foi vítima de uma significativa escalada da violência, principalmente por resultado de ataques terroristas.

“O exército sírio controla totalmente a região de Al-Qusair, na província de Homs”, anunciou a televisão estatal. Segundo o informe, o exército logrou ainda desativar dezenas de artefatos explosivos que haviam sido instalados em residências civis e nas vias públicas, para impedir o avanço das forças oficiais.

“Nossas Forças Armadas agora continuam os processos de busca de artefatos explosivos e dispositivos que os terroristas deixaram na cidade de Al-Qusair”, continuou o informe. Milhares de homens armados, apoiados pelo exterior, tinham se estabelecido na região, por onde acediam às armas procedentes de países da região, como a Arábia Saudita.

O regime sírio, apoiado por combatentes do Hezbolá, iniciou no último dia 19 de maio uma grande ofensiva contra os insurgentes para recuperar o controle de Al-Qusair. O vice-ministro de Relações Exteriores do Irã para assuntos Árabes e Africanos, Hussein Amir-Abdulahian parabenizou o governo sírio pela conquista e disse que os que "seguem apoiando o envio de armas e os atos terroristas anti-sírios são os responsáveis pela matança do povo e a destruição da Síria, e deveriam ser julgados como criminosos de guerra".   

Esta cidade de 25 mil habitantes é um enclave estratégico para os rebeldes devido a sua localização na rota que conecta o norte do Líbano, de maioria sunita, com a província central síria de Homs, o que permite o abastecimento de armas.

O presidente Bashar Al-Assad indicou em 18 de maio que homens de 29 países operam na Síria, e denunciou a ingerência estrangeira como fator detonante para o início e a continuidade dos distúrbios que seu país sofre.

Enquanto isso, ainda nesta quarta, uma equipe de representantes dos Estados Unidos, da Rússia e da ONU dirige-se a Genebra, na Suíça, para ajustar a data e o programa da conferência internacional sobre a Síria, em que a proposta é a participação de todas as partes envolvidas e de atores regionais e internacionais.

Com agências,
da redação do Vermelho