Espanha aumentará sua presença militar no Mali

O governo conservador de Mariano Rajoy decidiu nesta sexta-feira (7) duplicar a contribuição espanhola à missão da União Europeia (UE) no Mali.

Por sugestão do ministro de Defesa, Pedro Morenés, o Conselho de Ministros aprovou nesta sexta-feira um acordo para aumentar para 110 o número de soldados da Espanha que vão participar da missão de treinamento da UE (EUTM-Mali).

Morenés afirmou em coletiva de imprensa que irá à comissão de Defesa do Congresso dos Deputados para obter a autorização parlamentar correspondente.

O Executivo de Rajoy autorizou, em janeiro, o envio de um avião de transporte Hércules C-130 e de uma equipe dentre 40 e 50 militares para participar das missões da França e de instrução europeia, além disso, deixou aberta a possibilidade de introduzir mudanças.

Agora foi autorizado o envio de até 110 homens para realizar trabalhos de treinamento e de proteção da força, que contarão também com "elementos móveis", explicou o ministro.

Atualmente, Madri tem 58 militares no acampamento de Koulikoro, a cerca de 40 quilômetros de Bamako, a capital maliense, que estão integrados na EUTM-Mali.

Além disso, mantém um destacamento aéreo em Dakar, Senegal, com 54 soldados em apoio à intervenção francesa. No final de janeiro, o Congresso respaldou, por ampla maioria, a participação espanhola nas operações da França e da UE no Mali.

Durante os debates na Câmara de Deputados, o deputado da coalizão Esquerda Unida José Luis Centella denunciou que uma guerra leva a outra, em alusão a Afeganistão e Líbia, e afirmou que por trás do conflito na nação africana está o interesse pelo urânio.

Centella indicou então que a "França vai ao Mali para defender seus interesses" e pediu à administração do direitista Partido Popular que, em lugar de soldados, envie médicos e educadores.

Fonte: Prensa Latina