PCdoB-AM realiza Ato de Solidariedade a Cuba e à Venezuela

 A população brasileira realizou mais um ato de solidariedade a Cuba e à Revolução Bolivariana em curso na Venezuela. Dessa vez, na unidade sede do Instituto Federal do Amazonas (Ifam), na tarde desse sábado (8). Organizado pela direção estadual do PCdoB-AM, o ato contou com a presença do cônsul da Venezuelana em Manaus, Alex Lanz, pelo presidente nacional da Unegro, Edson França, e por representantes de 20 organizações do movimento social e popular da cidade.

Ato de Solidariedade a Cuba e à Venezuela - Anderson Bahia
Diversos pontos foram argumentados para a realização da atividade. Entre eles, o apoio à integração sócio-econômico-político-cultural entre os países latino-americanos e a resistência ao imperialismo estadunidense, que ameaça a soberania dos países e que busca os colocar numa condição de subserviência na relação econômica.

Para o dirigente do PCdoB-AM e secretário de Estado da Produção Rural, Eron Bezerra, a realização de atividades com esse cunho são importantes para os movimentos contestatórios ao capitalismo. “As Revoluções Cubana e Bolivariana influenciam e inspiram mundialmente a todos que buscam o progresso e o socialismo. Toda vez que ocorrem, essas atividades ressaltam que a luta dos trabalhadores é de caráter internacional contra o inimigo comum, que é o capitalismo”, ponderou.

O cônsul venezuelano Alex Lans agradeceu a iniciativa e ressaltou a dimensão histórica do processo político em curso em seu país. “Os atos de solidariedade a Cuba e a Venezuela demonstram que há uma inspiração internacional pela emancipação dos povos. O que foi iniciado na Venezuela com o ex-presidente Hugo Chávez impactou a vida de todos que residem naquele país, sobretudo, na maioria dos pobres que passaram a ter perspectivas de vida”, afirmou.

Os reflexos das duas revoluções no Brasil

Além do destaque aos diversos fatos políticos que ocorrem nos país dos Castro e de Chávez e que vão no sentido contrário as iniciativas neoliberais, neocoloniais e essencialmente mercadológica lideradas pelos EUA, muitos participantes avaliaram a influência que os governos dos dois países trazem para as reivindicações feitas no Brasil.

O presidente estadual da União da Juventude Socialista (UJS), Yann Evanovick, afirmou que “esse ato demonstra que no Brasil existem muitas pessoas que não se sujeitam as opiniões dos grandes meios de comunicação e que tanto defendem os governos cubano e venezuelano por ampliar as oportunidades de seus povos como lutam pelo socialismo no nosso país, mas com as especificidades culturais e históricas do Brasil”, destacou.

A ascensão das minorias na América Latina foi o ponto destacado pela presidente estadual da União Brasileira de Mulheres (UBM), Vanja Santos. "O movimento de mulheres visualiza nas duas revoluções aqui discutidas um período fértil da ampliação de direitos para as mulheres e para todos os segmentos que antes eram entedidos como minoria. E isso se reflete no Brasil e em todos os países dessa parte do continente", disse.

A Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), a Confederação Nacional das Associações de Moradores (Conam), a União Estadual dos Estudantes do Amazonas (UEE-AM) e várias organizações populares estiveram representadas no ato.

PCdoB busca fortalecer sua atuação nos movimentos sociais

Durante a parte da manhã, os comunistas utilizaram o mesmo IFAM para problematizar suas atuações em diversas frentes do movimento social. A participação coletiva das dezenas de militantes que estiveram presentes na atividade apontou dois rumos a serem perseguidos: a unidade dos discursos dos militantes, mas levando em consideração as particularidades das bandeiras de lutas dos movimentos de mulheres, juventude, comunitários, trabalhadores, etc.; e a realização de mobilizações para discutir os problemas da cidade e atrair novos filiados ao partido.

De Manaus,
Anderson Bahia