EUA e Jordânia comandam exercício militar na fronteira da Síria

Na Jordânia, os soldados estadunidenses e jordanianos comandaram neste domingo (9) as manobras “Eager Lion” (Leão Ávido), realizadas com a presença de oito mil soldados, provenientes de 19 países. Nas manobras, foram testados o sistema de defesa antiaérea Patriot e um número indeterminado de aviões F-16, da Força Aérea dos Estados Unidos.

Rebeldes na Síria - HispanTV

Durante uma coletiva de imprensa, o tenente-general jordaniano Awani Adwan, que dirige as manobras, disse que o “Eager Lion” é um exercício militar anual sem relação com a situação na Síria.

Estes exercícios militares conjuntos acabarão o próximo 20 de junho, e os sistemas bélicos norte-americanos permanecerão no país árabe, sob o pretexto de proporcionar defesa antimíssil à Jordânia.

O tenente-general estadunidense Robert Catalanotti, diretor das manobras do Comando Central dos Estados Unidos, presente com Adwan na coletiva da imprensa, argumentou que o objetivo principal da operação “Eager Lion” é “fortalecer as relações militares dos países participantes para enfrentar os desafios de segurança nacional atuais e futuros”.

Na semana passada os primeiros 200 oficiais estadunidenses chegaram ao território jordaniano, e o Ministério de Informação da Jordânia publicou uma nota que informava que os soldados seriam alocados na fronteira com a Síria.

Os grupos armados na Síria, apoiados financeira e militarmente pelos países ocidentais e regionais, colocaram-se contra o governo do presidente Bashar Al-Assad, participando diretamente na escalada da violência, desde 2011.

Apoio aos grupos armados na Síria

Oficiais estadunidenses sinalizaram que o presidente Barack Obama decidiria ainda nesta semana se oferecerá ajuda bélica aos grupos armados, que se dizem "da oposição" síria, de acordo com uma reportagem da agência norte-americana Associated Press, deste domingo.

A decisão, que escancara a ingerência já praticada pelo Ocidente nos assuntos internos da Síria, será estudada durante uma série de encontros na Casa Branca, e é consequência da vitória das tropas oficiais contra os grupos armados que dominavam a região estratégica de Al-Qusair, no oeste, na semana passada.

Os oficiais estadunidenses estudam "todas as alternativas possíveis", inclusive o envio de armas aos grupos rebeldes, muitos compostos por mercenários estrangeiros, e a possibilidade de impor uma zona de exclusão aérea no país.

Neste sentido, o secretário de Estado dos EUA John Kerry adiou a viagem que faria ao Oriente Médio para participar dos encontros na Casa Branca.

Ainda assim, os EUA participam também nas conversações multilaterais que organizam uma conferência internacional sobre a Síria, junto com a Rússia, para buscar uma solução política e dialogada para o conflito, como já ressaltado diversas vezes pelo governo do presidente Assad.

Com HispanTV