Sebrae lança décima edição do Prêmio Mulher de Negócios

Nesta segunda-feira, 10, a secretária de Estado da Mulher do Distrito Federal, Olgamir Amancia Ferreira, participou do lançamento de mais uma edição do Prêmio Sebrae Mulher de Negócios – Etapa Distrital.

Esta é a décima edição do concurso que tem como objetivo identificar, selecionar e premiar os relatos de vida de mulheres empreendedoras, as quais transformaram seus sonhos em realidade e cuja história de vida hoje é exemplo para outras que possuem o mesmo sonho.

Olgamir Amancia destaca que o papel das mulheres no mercado de trabalho tem mudado constantemente nos últimos anos. Por questões sociais e puramente preconceituosas, elas ocupavam apenas cargos secundários no mercado e com isso não tinham acesso a bons salários e carreiras de sucesso. Para ela, hoje, o cenário está em transformação. “Além de terem novos papéis na economia ao ocuparem áreas antes dominadas por homens, as mulheres hoje também assumem cargos importantes em grandes empresas e multinacionais. Exemplos disso podem ser faci lmente encontrados no mercado. Encontramos esses exemplos aqui no Prêmio Sebrae Mulheres de Negócio”, observou.

Realizado desde 2004, a premiação já agraciou cerca de 20 empreendedoras apenas no Distrito Federal. Os melhores relatos são utilizados, em todo o Brasil, como ferramenta educacional e motivacional para outras mulheres que desejam ser empresárias e abrir o próprio negócio.

A empresária Agda Oliver é um exemplo do poder empreendedor feminino. Em 2012, foi a vencedora do concurso na categoria Pequenos Negócios. Ela é proprietária da oficina Meu Mecânico, em Ceilândia, voltada para o público feminino. A ideia, segundo ela, surgiu depois de ter sido enganada por um mecânico ao levar o carro para uma simples troca de óleo. “Eu cheguei só para fazer a troca de óleo e eles me deram a entender que se eu não fizesse o serviço completo, o carro ia explodir”, contou.

Para nunca mais ser enganada, Agda decidiu entrar em um curso de mecânica. Outro desejo em sua lista de prioridades era o do próprio negócio. Mesmo com o planejamento, a oficina contou com dificuldades no começo. O agravante foi o preconceito. “Eu sofri muita discriminação por ser mulher. Muitas pessoas não acreditavam que a gente podia dar certo. Há pouco tempo, cerca de um mês, um homem pediu um serviço para nós, mas solicitou que fosse realizado por um dos nossos funcionários”, revelou.

No entanto, nada disso foi suficiente para fazer Agda desistir. Ela foi atrás de alternativas para atrair mais clientes para o seu empreendimento. Uma das estratégias para fazer com que a empresa engrenasse foi dar mimos e preferência às mulheres. Toda terça-feira, por exemplo, existe a TPM – Terça Para Mulheres, dia em que elas têm depilação, escova, manicure, maquiagem e limpeza de pele por conta da casa, além de convênio com 13 academias de Brasília para as clientes.

Para o superintendente do Sebrae no DF, Antônio Valdir Oliveira Filho, o Distrito Federal têm revelado grande número de mulheres empreendedoras. Ele destaca que o concurso ajuda a dar visibilidade ao trabalho delas. “A procura foi muito grande. Isso nos deixa muito feliz e realizado, com o sentimento de dever cumprido. Cada dia que passa, a gente tem a sensação de que o setor produ tivo do DF está sendo uma referência nacional. Daqui saem mulheres que são colocadas como exemplo de inovação para todo o Brasil”.