Cristina critica inconstitucionalidade da reforma judicial

A presidente argentina, Cristina Kirchner, criticou, nesta quinta-feira (20), a decisão da Corte Suprema de Justiça que declarou inconstitucional a lei de reforma do Judiciário e ironizou a possibilidade de concorrer à reeleição: “Em 2015 quero ser juíza, para que presidente? Mas não juíza da Corte, apenas de primeira instância”.

“Uma juíza federal por aí perdida… ou correcional. Para que, com simplesmente uma caneta, um papel e uma liminar… e o que importa o que as pessoas votaram! O que importa o que os senadores (votaram), se depois derrubo tudo?”, questionou.

Leia também:
Supremo: reforma na Magistratura argentina é inconstitucional

Na quarta-feira (19), a Corte argentina declarou inconstitucional a lei sobre a reforma do Conselho da Magistratura, órgão encarregado de designar e julgar a atuação dos juízes de todo o país. A lei, aprovada recentemente pelo Parlamento (junto com outras seis que, juntas, compõem a reforça da Justiça), elevava de 13 para 19 o número de membros do conselho e estabelecia a eleição dos novos integrantes através do voto popular, iniciativa que, segundo a visão dos principais juristas e de seis dos sete membros da Corte, viola a Constituição do país.

“Nos provocaram alguma dor, mas vamos nos curar, porque temos muitos remédios, muitos farmacêuticos e muitos antibióticos… antes tarde do que nunca os argentinos poderão votar para todos os órgãos políticos da República Argentina”, afirmou Cristina, na noite da última quarta-feira (19).

Com informações de O Globo