Para Brasil, integração deve ser mais social que comercial
O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, declarou nesta quinta-feira (20) que “o comércio provavelmente deixará de ser o vetor do avanço da integração sul-americana”, que deve voltar-se mais para a solução de problemas sociais.
Publicado 21/06/2013 17:52
“Já estamos atingindo um esgotamento da relação puramente comercial, na qual resta muito pouco espaço para avançar”, disse o ministro durante um pronunciamento perante a Comissão de Relações Exteriores do Senado.
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Sobre o Mercosul, bloco do qual fazem parte Argentina, Uruguai, Venezuela e Paraguai, este último suspenso, afirmou que se trata da "mais bem-sucedida aliança" regional para potencializar o comércio entre os países-membros, que serão beneficiados principalmente se forem confirmadas as entradas de Bolívia e Equador.
A Bolívia já iniciou os trâmites para aderir ao bloco como membro pleno, enquanto o Equador se prepara para encaminhar o pedido.
Em sua opinião, os países sul-americanos podem promover acordos nas áreas de ciência e tecnologia, saúde, educação e infraestrutura, que possam melhorar a vida de “todas as populações” na região.
Na América do Sul, coexistem o Mercosul e a União Sul-Americana de Nações (Unasul), bloco que Patriota indicou estar mais orientado para o diálogo político e o desenvolvimento regional do que para o comércio.
O ministro também comentou a recente constituição da Aliança do Pacífico, formada por Chile, Colômbia, México e Peru, sobre a qual reiterou que não representa “nenhuma ameaça nem concorrência” para o Mercosul.
“A Aliança do Pacífico representa uma oportunidade que deve ser compreendida e aproveitada” e tanto o Mercosul como a Unasul mantêm “relações próximas” com esse novo órgão, declarou.
Com Infolatam