Agência da ONU relata situação de refugiados sírios na vizinhança

O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) informou neste domingo (23) que o número de sírios deslocados que se viram obrigados a abandonar o seu país com destino ao Líbano superou os 553.000, o que representa um aumento de 23.000 pessoas durante a semana passada. Ao atravessar as fronteiras do seu país, os que buscam afastar-se da violência armada são categorizados como refugiados.

ACNUR - ACNUR / J. Kohler

Segundo o informe semanal da agência da ONU, atualmente mais de 473.000 sírios estão registrados ACNUR, e mais de 80.000 esperam completar o processo de registro, para receber a ajuda proporcionada pela ONU, pelo governo libanês e por várias agências não governamentais.

Entre os registrados, 172.300 encontram-se no norte do Líbano, 160.500 na região oriental de Bekaa, 83.000 em Beirute (capital) e Monte Líbano, e 57.600 no sul do país árabe.

O Líbano pediu apoio ao Conselho de Segurança da ONU, assim como aos doadores internacionais, para assumir a carga da grande afluência de refugiados sírios, cujo número poderia alcançar um milhão de pessoas no final deste ano.

Diariamente, números elevados de sírios cruzam a fronteira em rumo a países vizinhos, como o Líbano, a Jordânia, a Turquia e o Iraque, pelo temor à violência que é perpetrada pelos grupos armados (muitos compostos por mercenários estrangeiros ou terroristas), em combate contra o governo do presidente Bashar Al-Assad.

Alguns países ocidentais e regionais fomentam a contenda na Síria, apoiando e movendo os grupos armados que operam no país, enviando armamentos, recursos financeiros e humanos.

Na passada quinta-feira (20), o chefe da ACNUR António Guterres esteve na fronteira entre a Jordânia e a Síria, e afirmou: "É muito importante que a comunidade internacional expresse total solidariedade com os próprios refugiados e com os países vizinhos; […] só solidariedade internacional massiva pode dar-lhes a capacidade de continuar respondendo às necessidades dos refugiados sírios".

Com agências,
da redação do Vermelho