Vítimas do conflito clamam por paz na Colômbia

O desejo unânime de milhares das vítimas do conflito armado colombiano de viver em harmonia e a necessidade de reparação e justiça são algumas das demandas recolhidas no segundo ciclo das mesas regionais de paz.

A iniciativa, estendida para todas as regiões do país, busca dar voz para a sociedade civil nos diálogos entre o governo e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia – Exército do Povo (Farc-EP) instalados em novembro de 2012, em Cuba. 


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Em seu percurso realizado no último fim de semana por Cúcuta, região norte de Santander, as comissões de paz do Senado e da Câmara dos Deputados escutaram as vítimas deste estado, que coicidiram na necessidade de que as partes não se levantem da mesa até conseguir um acordo.

“Não houve uma só intervenção na qual os afetados pelo conflito não se manifestem sobre seu anseio para que haja paz de uma vez por todas na Colômbia, mas também porque seus direitos sejam cumpridos”, afirmou o congressista Iván Cepeda para a imprensa local.

Entre as propostas defendidas nesta sexta seção da mesa , que começou em maio em Bogotá, os participantes defenderam a necessidade de construir uma comissão da verdade e um programa de reparação integral, que vá além da Lei das Vítimas e Restituição de Terras.
Também pediram um programa de proteção e prevenção para as mulheres, mais acesso à propriedade da terra e à saúde e oportunidades trabalhistas.

De acordo com o presidente do Senado, Roy Barreras “as vozes das vítimas ao longo desta jornada foram se refletindo nas iniciativas que darão depoimentos de um processo de paz inclusivo e a garantia de seus direitos”.

As mesas iniciaram em dezembro, um mês após a instalação do processo de paz, que contam com Cuba e Noruega como países garantidores e Venezuela e Chile como acompanhantes.

No primeiro ciclo, dedicado ao desenvolvimento agrário integral, receberam cerca de três mil propostas de 1.333 organizações que serviram de insumo para o governo e a guerrilha para este ponto, recém finalizado em 26 de maio.

Fonte: Prensa Latina