Sinjorba protesta contra agressões de policiais a jornalistas
O Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado da Bahia (Sinjorba) enviou uma nota de protesto contra o modo com que os profissionais de imprensa foram tratados pelos policiais militares, durante manifestações do último sábado (22/6), em Salvador. Na ocasião, dois jornalistas foram agredidos, um foi preso e outro obrigado a apagar o conteúdo registrado da máquina fotográfica.
Publicado 25/06/2013 14:18 | Editado 04/03/2020 16:16
Repórter do Portal Bahia Notícias, Francis Juliano foi preso após questionar a policiais o motivo de espancarem o fotógrafo do jornal Correio, Almiro Lopes. Em seguida, o editor-chefe do mesmo portal, Evilásio Júnior, foi agredido com palavrões, empurrões e spray de pimenta no rosto, por determinação de um capitão identificado como Themístocles.
O fotógrafo Tiago di Araújo, do Portal Ibahia, que acompanhava a ação dos militares na região dos Barris, foi obrigado a apagar fotos da máquina relacionadas à repressão policial ao movimento. Além de repudiar a ação, o sindicato ainda afirmou que apoia as manifestações e pediu respeito à integridade física e ao direito de expressão, garantidos pela Constituição.
“É função dos jornalistas registrar os fatos decorrentes da ida da população às ruas e quando esta atividade é cerceada pela brutalidade policial, trata-se de um grave sintoma da tentativa de encobrir o descontrole, abuso de autoridade e falta profissionalismo dos responsáveis em manter a ordem pública”, diz a presidente, Marjorie Moura, em nota.
O Sinjorba vai encaminhar ainda uma denúncia formal ao Governo da Bahia e ao Ministério Público da Bahia (MP-BA). Segundo a entidade, o MP já investiga os excessos cometidos pelos policiais.
De Salvador,
Erikson Walla