Em reunião, movimentos sociais discutem participação em protesto

Representantes de movimentos sociais do estado participaram, na manhã desta quarta-feira (26/6), em Salvador, de uma sessão plenária para discutir a participação na próxima manifestação do Movimento Passe Livre, que acontece na próxima quinta-feira (27), na capital baiana. No encontro, que aconteceu no Sindicato dos Bancários, foram discutidos a inserção dos movimentos nos atos, as bandeiras de luta e os rumos dos protestos.

Estiveram presentes membros da União da Juventude Socialista (UJS), da União dos Negros pela Igualdade (UNEGRO), do PCdoB-BA, da União dos Estudantes da Bahia (UEB), da Associação Baiana Estudantil Secundarista (Abes), além de dirigentes sindicais das mais diversas classes trabalhadoras.

O presidente da UJS-Salvador, uma das entidades mais presentes nas manifestações, destacou a importância da juventude nos protestos e pediu a incorporação dos outros segmentos na luta. “Isso também é nosso! Foi a UJS, em conjunto com outras forças, que deu o tom às manifestações e é importante que todos estejam no meio”, disse Alan Valadares.

Alan lembrou, ainda, que esse novo movimento, de caráter nacional, é diferente dos protestos que aconteceram em Salvador, em 2003, conhecidos como Revolta do Buzu, contrários ao aumento da tarifa de ônibus. “Essa luta é diferente porque está sendo feitas nas redes sociais, mas as reivindicações são concretas”, defende.

Em sua fala, o presidente municipal do PCdoB, Geraldo Galindo, reforçou a necessidade de participação dos movimentos sociais do partido nas manifestações para que apresentem as demandas próprias. “Os movimentos sociais do PCdoB precisam estar presentes nas manifestações com suas bandeiras específicas”.

Apesar das bandeiras específicas, o presidente pediu que os manifestantes carregassem duas bandeiras gerais que são defendidas pelo PCdoB, que são a reforma política, em primeiro lugar, e a democratização da comunicação, em segundo.

Galindo ainda tranquilizou os presentes quanto à rejeição da participação dos movimentos sociais e partidos políticos nos atos. Para ele, Salvador é a capital brasileira onde há a maior aceitação.

“Estamos em uma política de boa convivência com todas as demais correntes e movimentos que estão organizados nessas movimentações pela cidade, esperando levar as bandeiras mais interessantes, mais importantes, para tirar o país dessa situação”, conclui.

Ainda durante a plenária, foi apresentado o documento contendo as principais reivindicações, que será entregue ao prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), ao final da manifestação da próxima quinta-feira. A concentração dos manifestantes acontece no Campo Grande, às 14h.

De Salvador,
Erikson Walla