Chanceler britânico defende espionagem do Reino Unido e dos EUA

O chanceler britânico William Hague declarou, nesta terça-feira (25), nos Estados Unidos, que as ações de espionagem são essenciais para proteger a liberdade do povo, mas devem ser realizadas “dentro das normas”. Por outro lado, um artigo do chinês Diário do Povo, desta quarta (26), pede explicações generalizadas sobre a “inteligência” estadunidense, e o presidente russo Vladmir Putin mantém a sua consternação sobre os programas de espionagem.

William Hague - Oxford

“No Reino Unido e nos EUA realizamos operações de inteligência sob o império da lei, apenas para proteger as liberdades das pessoas, mas sabemos que em alguns países a inteligência secreta é usada para controlar os cidadãos”, sublinhou Hague durante um discurso nos EUA.

Por outro lado, acumulam-se as denúncias sobre o uso de aviões não tripulados (drones), permitido por lei nos EUA mas que põe em xeque a privacidade e torna vulneráveis os cidadãos nacionais e estrangeiros, assim como os programas de espionagem cibernética exposto por Edward Snowden e as decisões secretas dos oficiais do governo norte-americano, no caso do WikiLeaks.

De acordo com as últimas declarações do presidente russo, Vladmir Putin, o ex-funcionário da Agência Central de Inteligência estadunidense (CIA), Edward Snowden, de quem o governo dos EUA pede a extradição sob a dúbia acusação de “espionagem”, encontra-se na aérea de trânsito do aeroporto de Moscou.

Além disso, o Kremlin (sede do governo russo) rechaçou o pedido dos EUA para entregar Snowden, já que segundo o tratado que ambos os países têm, ele teria que ter cometido algum delito na Rússia.

Já a Casa Branca afirmou, nesta terça, que a “escolha deliberada do governo [chinês] de liberar um fugitivo em detrimento de um mandado de prisão válido” tem, “inegavelmente”, impactos negativos nas relações sino-estadunidenses.

Em resposta, o Diário do Povo, chinês, em artigo desta quarta (26), afirma que “ao apontar o dedo para os outros, Washington está tentando desviar a atenção do mundo, já que Snowden fez alegações explosivas sobre o programa secreto da Agência Nacional de Segurança dos Estados Unidos (NSA) para a vigilância de chamadas telefônicas e da internet, que envolvem vários países e usuários de internet em todo o mundo”.

Com agências,
da redação do Vermelho