Obama termina giro pela África com "compromissos" e protestos

O presidente estadunidense Barack Obama concluiu nesta terça-feira (2) a sua estância de dois dias na Tanzânia, país que visitou depois do Senegal e da África do Sul, como parte do seu giro pela África, centrado em temas econômicos e comerciais. Durante as visitas, iniciadas em 26 de junho, Obama prometeu contribuições para melhorar o acesso à energia elétrica e investiu em um reforço da presença econômica e comercial dos Estados Unidos no continente.

Obama na África - Reuters

Antes de deixar a Tanzânia, onde se reuniu com o presidente Jakaya Kikwete, Obama prestou homenagem às vítimas do atentado a bomba de 1998, contra a embaixada dos EUA no país, em que 11 pessoas morreram e 70 ficaram feridas. O ex-presidente George W. Bush também compareceu ao evento.

O presidente Obama, que chegou a Dar Es Salaam nesta segunda-feira (1º/7), deu uma coletiva de imprensa em que disse que seu país considera o desenvolvimento de um novo modelo na África, que não se baseie apenas na ajuda e na assistência, mas também no comércio e na cooperação.

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Um dos principais objetivos do giro de Obama pelos três países é um reforço da presença estadunidense econômica e comercial na África, continente rico em recursos naturais e matérias primas, e também um temor pela perda de espaço, com maior atenção dada ao território pela China, pelo Brasil e pela Índia, entre outros, de acordo com analistas africanos.

Em suas declarações, o governante estadunidense indicou que o seu país tenta ganhar espaços na África, ante a crescente presença econômica da China, que impulsiona importantes projetos de desenvolvimento social e de infraestruturas, apesar de afirmar que os Estados Unidos não se sentem "ameaçados" pela presença chinesa e de outras potências emergentes.

A visita de Obama à África do Sul foi marcada por protestos anti-imperialistas contra a política externa agressiva dos Estados Unidos, e vários movimentos e organizações sociais (inclusive diversos sindicatos), manifestaram-se contra a presença do presidente.

Esta é a segunda viagem de Obama à África Subsaariana desde sua eleição, em 2008, e seu primeiro verdadeiro giro pelo continente, e tinha o objetivo de "promover um novo tipo de relação entre os Estados Unidos e a África", que tem sido vista como uma região de "enormes" oportunidades econômicas, segundo o presidente.

Com agências,
da redação do Vermelho