Não Alinhados: Europeus violaram imunidade diplomática de Evo 

O Movimento de Países Não Alinhados (Mnoal) qualificou nesta segunda-feira (8) de flagrante violação da imunidade diplomática do presidente da Bolivia, Evo Morales, a recusa de alguns governos europeus ao sobrevoo do avião presidencial boliviano. 

Em uma declaração distribuída nesta segunda-feira na sede das Nações Unidas em Nova York, essa organização de 120 estados criticou os governos europeus que negaram a permissão ao avião do governante para sobrevoar ou aterrissar em seus territórios.

Trata-se da França, Espanha, Portugal e Itália, cujas autoridades cancelaram a anuência que tinham concedido com antecedência para as manobras do avião que transportava Morales para a Bolívia depois de participar de uma conferência presidencial em Moscou.

"Este sério incidente pôs em risco a vida do chefe de Estado de um país em desenvolvimento e sua comitiva ao forçar seu avião a realizar uma aterrissagem forçada na Áustria", indicou o Mnoal.

Os países do movimento consideram que esse ato "constitui uma afronta à soberania de um Estado e um ataque contra os direitos humanos de uma autoridade protegida por imunidade diplomática", aponta o documento.

E ao mesmo tempo condenam a violação das normas internacionais e tratados que regulam e protegem a aviação civil e os privilégios e imunidades dos chefes de Estado.

O Mnoal expressa sua firme solidariedade com o presidente Morales e chama todos os países a respeitar a soberania dos estados, a lei internacional e as regras que governam a coexistência pacífica entre as nações, conclui a declaração.

O texto foi distribuído pela representação permanente do Irã perante a ONU, país que preside Birô de Coordenação do movimento.

Prensa Latina