Governo colombiano suspende diálogo com camponeses 

O governo da Colômbia decidiu, na madrugada desta quinta-feira (11), suspender a aproximação com os camponês do Catatumbo, na região Norte de Santander, devido a falta de acordos em dois pontos particularmente: o desbloqueio das estradas e a criação de uma zona de reserva camponesa.

As negociações entre vários vice-ministros e líderes do Catatumbo, que buscam colocar fim à crise na região, fracassaram após 48 horas. A delegação do governo regressará a Bogotá para render um relatório ao presidente Juan Manuel Santos e receber novas diretrizes sobre a situação. 

Os dois pontos de discussão que fizeram fracassar o diálogo estão relacionados com a negativa dos camponeses em levantar os bloqueios e suspender os protestos, assim como a fata de vontade governamental para declarar uma zona de reserva camponesa.

Por um lado os camponeses manifestaram – em reiteradas ocasiões – que têm toda a vontade para negociar, mas requerem maior compromisso por parte do Estados no cumprimento das suas demandas.

O porta-voz da mobilização, destacou a responsabilidade do governo pelo fim do diálogo. “A última palavra dita na mesa pelo governo foi: ‘se não terminarem com a greve, não nos sentaremos [para dialogar]’. Foram eles que se levantaram da mesa, não os camponeses”, disse.

Quintero detalhou que apresentaram duas propostas. A primeira delas foi “uma rota para o trâmite e constituição da zona de reserva camponesa, de acordo com a lei nacional, mas o governo disse não”.

O segundo ponto se referiu a criação de uma agenda para o investimento social, porque “não haviam dito que se contava com 300 bilhões de pesos (cerca de 156 milhões de dólares), mas resulta que agora são 80 bilhões (quase 42 milhões de dólares)”, afirmou Quintero.

O governo colombiano reiterou, através de um comunicado oficial, seu compromisso com o desenvolvimento econômico e social, mas fez um chamado para a reflexão e pediu que os camponeses levantem os protestos e os bloqueios das estradas.

Com TeleSUR