Farc defendem reforma política na Colômbia
As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia – Exército do Povo (Farc-EP) defenderam nesta segunda-feira (8) uma reforma ao sistema político e de representação, a administração da justiça e o poder eleitoral.
Publicado 08/07/2013 13:31
O membro da delegação guerrilheira nos diálogos com o governo, Jesús Santrich, divulgou um comunicado com a apresentação de 11 propostas mínimas para a reestruturação democrática do Estado e a reforma política.
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Ao considerar que uma reforma política tornou-se uma necessidade urgente, disse, do Palácio de Convenções de Havana, que esta compreenderá o sistema político e de representação, o sistema de partidos e o sistema eleitoral.
Na opinião da guerrilha, tais transformações devem assegurar a disputa política com equidade e igualdade de condições e recuperar para o Poder Legislativo iniciativas em matéria de planejamento e orçamento.
A guerrilha informou ainda que deve-se propiciar a oposição política, incluída a formulação do Estatuto da Oposição que deverá limitar e proibir, de acordo com o caso, a ingerência dos interesses privados capitalistas nas entidades públicas.
Também propuseram promover, com a mais ampla participação popular, uma reforma democrática na administração da Justiça, que sugere “desligar a formação dos tribunais superiores de toda a ingerência dos poderes Executivo e Legislativo”. Neste sentido, incitaram a propiciar “a eleição transparente através do concurso público e o mérito; suprimir o Conselho Superior do Judiciário, principal fonte do clientelismo e da corrupção”.
Além disso, defendem que os cargos de procurador-geral, controlador-geral e defensor público sejam definidos através de uma eleição popular. A guerrilha propôs democratizar profundamente e reestruturar em sua composição o poder eleitoral na liderança do Conselho Nacional Eleitoral e eleger de maneira direta seus membros.
Por outro lado, a insurgência enviou uma mensagem ao ministro colombiano do Interior, Fernando Carrillo, no qual pediu “para justificar a repressão [contra os camponeses]" o titular “não pode acusar os agricultores do Catatumbo e seus porta-vozes de estarem infiltrados ou pertencerem às Farc.
“Estamos de acordo em buscar as maneiras de fazer política sem armas, mas não pode então o governo criminalizar e responder com balas o protesto social”, enfatizou a guerrilha
Fonte: Prensa Latina