Trabalhadores do Norte e Nordeste tomam as ruas por direitos
Em consonância com os atos pelo Brasil, as principais cidades das regiões Norte e Nordeste também foram tomadas pelos trabalhadores. Na parte da tarde, desta quinta-feira (11), muitas capitais serão palco de diversas caminhados de atos em frente aos palácios dos governos estadual e municipal.
Publicado 11/07/2013 15:12
Em conformidade com o resto do país, os estado do Amazonas também foi tomado por atos convocados pelas centrais sindicais. Ao todo, quatro avenidas foram bloqueadas durante a manhã. Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos do Amazonas (Sindmetal), todos os 115 mil trabalhadores do PIM foram convocados para participarem da mobilização, o que preocupa a Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam) em virtude da possibilidade de queda de atividades industriais no polo.
Outro ponto bloqueado foi a entrada principal da Universidade Federal do Amazonas (Ufam). Professores, estudantes e integrantes da área administrativa da universidade aderiram ao protesto e pediram a destinação de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para a educação, melhores condições de trabalho, além do fim do fator previdenciário e das privatizações.
Mais de 200 professores da rede municipal fizeram um ato em frente à sede da Prefeitura de Manaus para entregar um documento ao prefeito Arthur Virgílio (PSDB) com o objetivo de apresentar a pauta de reivindicações da categoria. Segundo as previsões dos organizadores, os protestos devem terminar, à tarde, nas Avenidas Eduardo Ribeirão e Sete de Setembro.
Pará
Cerca de 1500 manifestantes, entre representantes de centrais sindicais e movimentos sociais saíram em passeata, em Belém, ao longo de toda a manhã. Antes da passeata, representantes das oito centrais sindicais presentes na manifestação se reuniram por mais de uma hora com o prefeito Zenaldo Coutinho. Na ocasião, eles entregaram uma carta com reivindicações nacionais e regionais dos trabalhadores. Após ouvir os sindicalistas, o prefeito se comprometeu a responder as solicitações no próximo dia 26 de julho.
Durante a passeata, vários movimentos sociais se uniram ao grupo. Com cartazes e apitos, médicos, estudantes, trabalhadores em geral reivindicaram melhorias na saúde, educação, saneamento e segurança.
Piauí
No estado do Piauí, cerca de 500 trabalhadores e acampados do MST realizaram o trancamento da BR 343, no Piauí. Os trabalhadores rurais irão se juntar aos trabalhadores urbanos em ato na capital Teresina. “Aqui no Piauí temos de fato fazer uma paralisação geral, tanto dos trabalhadores rurais como dos urbanos. Vamos contar inclusive com a presença de trabalhadores do setor rodoviários e ferroviário, que decidiram entrar em greve, no nosso ato”, afirma Iristhelia Carvalho, da coordenação nacional do MST.
As ações são parte do dia nacional de lutas, organizado por centrais sindicais e movimentos sociais para exigir pautas centrais dessas organizações, como 10% do PIB para investimentos em educação e saúde, redução da jornada de trabalho, democratização dos meios de comunicação e Reforma Agrária.
Paraíba
No início da tarde desta quinta-feira (11) os atos ganharam mais força em João Pessoa. Bancários, professores, comerciários, rodoviários estão mobilizados no Dia Nacional de Lutas.
Ainda nesta tarde, está prevista uma caminhada pelas ruas do Centro, passando pelo Terminal Rodoviário e indo para a Praça dos Três Poderes, onde estão os prédios do Tribunal de Justiça da Paraíba, Assembleia Legislativa da Paraíba e o Palácio da Redenção, sede do Governo Estadual.
Pernambuco
Atualmente estão fechados os dois sentidos da BR-428, na altura do Km 94, em Santa Maria da Boa Vista, pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), e a BR-423, no KM 168, em Águas Belas.
Sobre as ações em rodovias que cortam o estado de Pernambuco, há pouco, foi liberada a interdição em São Caetano, município próximo a Caruaru, e em Belém do São Francisco, a 486 quilômetros de Recife.
As principais reivindicações dos trabalhadores, pelo Dia Nacional de Luta, são pelo fim do fator previdenciário, pela redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais sem redução de salários, pela aceleração da reforma agrária e pela aplicação de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) na educação e de 10% do Orçamento da União para a saúde. Organizações sindicais e o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) organizam o ato.
Alagoas
Em Alagoas, os trabalhadores tomaram a BR-104. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) confirmou que foram interditadas as rodovias BR-101, nas alturas de Joaquim Gomes, Flexeiras, Messias, Novo Lino e Propriá. A BR-104 foi bloqueada no município de Murici. A BR-316 está bloqueada em Atalaia. Já no Sertão, manifestantes fecharam a BR-423 na cidade de Delmiro Gouveia.
Em Maceió, integrantes do Sindicato Unificado dos Trabalhadores Petroleiros, Petroquímicos, Químicos e Plásticos do Estado de Alagoas (Sindpetro) ocupam a Avenida Assis Chauteabriand, no bairro do Pontal da Barra, um ato de conscientização em frente à sede da Braskem, deixando o trânsito lento no local. Por conta da mobilização, nenhum funcionário teve acesso à fábrica nesta manhã.
Ainda n tarde desta quinta, os trabalhadores alagoanos pretendem se juntar aos demais sindicatos no grande ato marcado para acontecer nas ruas da capital, com concentração na Praça Centenário.
Sergipe
De acordo com informações da imprensa sergipana, mais de três mil integrantes do MST realizaram atos nas principais estradas. A principal reivindicação é a reforma agrária. Na manhã desta quinta-feira foram fechados trechos das rodovias nas cidades de Carmópolis, Japaratuba, Propriá, Carira e Malhada dos Bois.
Da parte do Movimento “Não Pago”, cerca de 200 pessoas se reuniram para apoiar movimentos de moradia popular e transporte público, além de apoiar as reivindicações nacionais. O grupo se posicionou no início da manhã em frente à sede da Petrobras, na Rua Acre, no Bairro Castelo Branco, onde petroleiros se manifestavam. Após este primeiro momento, eles seguiram para a Prefeitura de Aracaju. Em frente ao prédio, eles atearam fogo em um boneco, que representava o prefeito João Alves Filho, contra o silêncio do gestor diante das questões que envolvem o transporte público.
No Centro da capital, algumas lojas fecharam as portas, mas devem reabrir ainda hoje. Há informações, não oficiais, que dão conta de uma tentativa das centrais sindicais em paralisar o transporte público. Às 14h, os grupos se reunirão na Praça Fausto Cardoso, para realização de uma caminhada.
Bahia
Por volta das 14h30, os manifestantes que saíram do Campo Grande sentido Praça Municipal começam a deixar o local. Chove forte no centro da cidade. O Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário (Sinpojud) também aderiu ao Dia Nacional de Lutas. Eles integram a manifestação que saiu do Campo Grande, sentido Praça Municipal.
Servidores da Universidade Federal da Bahia (UFBA) participam do Dia Nacional de Lutas e seguem em direção à Praça Municipal. Eles irão se reunir com outros manifestantes que já chegaram ao local. Durante esta quinta-feira (11), não houve expediente dos servidores da instituição.
Da Redação, Com agências