DF será primeira unidade da federação a superar a pobreza

O programa "DF Sem Miséria" reajustará de R$100 para R$140 a renda por pessoa para famílias que tenham ao menos um integrante de 0 a 6 anos de idade, ou um idoso com mais de 60 anos inscritos no Bolsa Família, a partir de agosto.

"Com isso estamos sendo a primeira unidade da federação a superar a pobreza", destacou ontem, o secretário de Desenvolvimento Social e Transferência de Renda (Sedest), Daniel Seidel.

Ele explicou que a Sedest baseou-se em estudos técnicos do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e da Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan) para certificar a nova situação de superação da pobreza no DF.

A mudança, que aumenta de 28 mil para 53 mil o total de beneficiados, foi publicada ontem no Diário Oficial do Distrito Federal e altera a Lei 4.737, de 29 de dezembro de 2011, que estabelece critérios e parâmetros para complementação do programa.

De acordo com o secretário, o reajuste atingirá outros 22 mil em outubro, com famílias com ao menos uma criança entre 7 e 15 anos de idade, e o programa será totalizado em dezembro, com a inclusão de mais 4 mil.

Com isso, o investimento do governo do Distrito Federal no programa saltará de R$4 milhões, em julho, para R$11,5 milhões até o fim do ano.

"Agora a nossa luta pela superação da pobreza se dará não só pela renda, mas nas outras dimensões historicamente constituídas, como moradia própria e qualificação profissional", destacou o secretário.

O titular da pasta enfatizou que o GDF também se preocupa com a situação no entorno e, por essa razão, desde maio a Sedest reúne-se com prefeitos e secretarias municipais de Assistência Social para compartilhar experiências e auxiliar o avanço na superação da pobreza.

Além disso, representantes da secretaria se reuniram com a diretoria da Caixa Econômica Federal para viabilizar o pagamento do Bolsa Família, a partir de agosto.

O "DF Sem Miséria" é um plano em sintonia com o Brasil Sem Miséria, lançado pela presidente Dilma Rousseff em junho de 2011, para superação da extrema pobreza no país.