A comunicação é arma para luta ideológica e organizativa

A centralidade da comunicação é pauta da academia, de instituições, governos e pessoas em todos mundo e para os comunistas não deve ser diferente. A comunicação sempre foi encarada com uma arma para a luta ideológica e consequentemente, para ampliar as fileiras do partido da classe operária.

comunicação

Esse desafio está presente até os dias atuais e a discussão, em vistas à construção do nosso 13º Congresso, deve ganhar mais folêgo para que a comunicação auxilie no combate do rebaixamento do papel estratégico do PCdoB, ancorado no curso da luta política atual.

Para evolução desta frente, é preciso ganhar o conjunto partidário para a importância da comunicação e  compreendê-la em três vertentes principais:

A comunicação como ferramenta para atuação na luta de ideias

A comunicação é a porta-voz do partido, instrumento para divulgar as nossas orientações, análises, posições, ações e objetivos, munindo a militância de elementos para encarar a luta de ideias. Tem como instrumento principal o Vermelho.org.br, por isso, é essencial a divulgação do site.

Além do vermelho, é preciso mantermos um bom relacionamento com sites e blogs progressistas para ampliar a influência das ideias elaboradas e corroboradas pelo PCdoB.

O Partido ingressou nas principais redes sociais e tem buscado pautar a luta de ideias utilizando desses instrumentos, mas é preciso compreender mais e melhor as novas ferramentas e usar essa brecha tecnológica a favor dos nossos objetivos politicos.

 A comunicação como ferramenta da construção partidária

A face da comunicação nos distritais é de agitação e propaganda por ser um valioso instrumento para filiar e manter a organicidade partidária.

O jornal A Classe Operária é o instrumento da organização dos trabalhadores, por isso, é preciso entender o jornal como ferramenta da construção partidária e planejar a sua distribuição envolvendo o conjunto da militância. Planejar a distribuição de forma sistemática e duradoura, para reverter em filiações em locais estratégicos, em um trabalho persistente e consciente.

Para que essa meta tenha êxito, as direções distritais e de categorias precisam ter um responsável pela pasta nas direções, pelo menos, nos locais em que temos um trabalho consolidado.

A luta estratégica pela democratização da comunicação

Apesar da presidenta Dilma Rousseff já ter verbalizado que essa não é uma luta que será travada ainda neste governo, a avaliação da nossa direção nacional é que essa bandeira deve ser defendida com convicção e ações pelo conjunto da nossa militância

O PCdoB foi o primeiro partido da base do governo Dilma/Lula a aprovar, em 2007, uma resolução pela democratização da mídia e também é o primeiro a ter uma secretaria específica para tratar de maneira mais concentrada sobre o tema, que é a Secretaria Nacional de Questões de Mídia.

Fruto desse trabalho, o partido protagonizou a construção do Centro de Estudos de Mídia Barão de Itararé que atua com amplitude e ajuda na construção da unidade das entidades, movimentos e blogs em torno da democratização da comunicação.

Há um pouco mais de um mês, foi fundado com a participação de militantes comunistas e de outras correntes, o núcleo estadual do Barão de Itararé para acompanhar e ser partícipe do movimento de luta pela democratização da comunicação no estado que é sede dos monopólios e oligopólios da mídia brasileira.

Já que o governo se nega a debater uma lei que regulamente a comunicação, principalmente os limites dos grandes monopólios da mídia, a campanha central para o próximo período será a mobilização de assinaturas para um projeto de lei de iniciativa popular.

Esses são desafios atuais da comunicação que o coletivo partidário deve encarar nesse novo contexto em que a centralidade da comunicação ganha mais relevo com a intensificação da agenda política e social do país, no momento em que a batalha ideologica é utilizada para ganhar a batalha econômica mundial.

De São Paulo, Ana Flávia Marx