Copom espera retomada de investimentos e crescimento do consumo

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) espera pela retomada dos investimentos e continuidade do crescimento do consumo das famílias. A avaliação está na ata da última reunião do Copom, divulgada nesta quinta (18).

Para conter a inflação, o Copom elevou a taxa básica de juros, a Selic em 0,25 ponto percentual em abril, e em 0,5 ponto percentual em maio e no último dia 10. Atualmente, a Selic está em 8,5% ao ano.

De acordo com a ata, informações recentes indicam a retomada dos investimentos e a continuidade do crescimento do consumo das famílias, favorecido pelas transferências públicas e pelo vigor do mercado de trabalho. Segundo a ata, no mercado de trabalho as taxas de desemprego estão historicamente baixas e há crescimento dos salários.

Para o Copom, de modo geral, o consumo e o investimento tendem a ser beneficiados por efeitos de ações de política fiscal, pela expansão da oferta de crédito para pessoas físicas e empresas e pelo programa de concessão de serviços públicos. “No entanto, o comitê nota que a velocidade de materialização desses ganhos esperados pode ser contida caso não ocorra reversão tempestiva do declínio que ora se registra na confiança de firmas e famílias”.

O aumento foi amplamente criticado por setores progressistas do país. Para o presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Wagner Gomes, a medida é uma ilusão pensar que aumentar os juros resolve o problema. "O Banco Central não prescreveu remédio, mas veneno e em dose cavalar. Este veneno vai agravar a situação econômica, principalmente do ponto de vista dos trabalhadores, agrava os problemas sociais do país. A medida do Banco Central passa longe, muito longe dos interesses do povo e nacionais. É uma rendição à oligarquia financeira, que ainda dá as cartas na política macroeconômica do país”, declarou o dirigente sindical.

Reajuste da gasolina

O Copom manteve a projeção de reajuste de 5% no preço da gasolina, este ano. Também não houve alteração na estimativa de recuo de cerca de 15% na tarifa residencial de eletricidade.

“Essa estimativa leva em conta os impactos diretos das reduções de encargos setoriais anunciadas, bem como reajustes e revisões tarifárias ordinários programados para este ano”, explica o Copom.

A projeção para o preço do botijão de gás é de estabilidade e, para a telefonia fixa, a expectativa é redução de 2%, neste ano. Essas estimativas são as mesmas divulgadas em maio.

Para o conjunto de preços administrados por contrato e monitorados, em 2013, a projeção foi reduzida para 1,8%, contra 2,55 previstos em maio. Essa estimativa “incorpora a recente revogação de reajustes nas tarifas de transporte urbano”. Para 2014, a estimativa foi mantida em 4,5%.

Da redação,
com informações da Agência Brasil