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Walter Sorrentino: 13º Congresso combativo

Convocado o 13º congresso do PCdoB, inicia-se já o movimento de mobilização dos comunistas em todo o país. Esta é a fase em que comitês estaduais estabeleceram seus planos e iniciam o debate, para organizá-lo desde as bases. Julho e agosto serão , por excelência, meses do debate pela base.

Por Walter Sorrentino*

A linha laboriosamente estabelecida foi a de qualificar o debate por meio das Assembleias de Base. Este será o indicador de maior qualificação a ser considerado pelo Comitê Central, retomando em toda a linha as deliberações do 7º Encontro Nacional sobre Questões de Partido. Previsivelmente, teremos um incremento militante significativo de mobilização, mas sobremodo isso precisa se dar por meio de organizações de base instituídas, com projetos políticos, pautas e agendas devidamente alimentadas pelos comitês municipais.

O que fica mais patente, é que o 13º Congresso está chamado a ser um movimento combativo da militância, perante o curso da conjuntura política. A situação política, com poderosa ofensiva oposicionista voltada contra a Presidenta Dilma, visando criar um vazio de governo, exige uma contraofensiva igualmente poderosa. A hora de assembleias de base é a de chamar o povo ao debate, conclamar sua participação, lutar pelas reformas democráticas estruturantes. É significativa a proposição de recolher, nessa mobilização, assinaturas pelo projeto de reforma democrática da mídia; igualmente será o debate mobilizador em torno do plebiscito sobre a reforma política.

Essa é a expressão do que se disse na convocação do Congresso: um debate que precisa incidir fortemente na sociedade, um Congresso combativo. Que se liga com eventos de lançamentos amplos do debate, em plenárias, eventos e seminários voltados a isso, com participação de setores progressistas e democráticos da sociedade, visando a unir forças em torno de uma plataforma de afinidade de esquerda, para avançar as mudanças no país.

Do ponto de vista partidário, ao mesmo tempo, além do movimento qualificado pela realização de assembleias de base numerosas e massivas – a partir da política de quadros de base -, é tempo de iniciar a construção democrática, participativa e comprometida dos comitês a ser eleitos. Em nível estadual e nacional, desde os comitês municipais até o Comitê Central, é hora do desempenho máximo da política de quadros, por meio dos Departamentos instituídos. Particularmente nos grandes municípios isso é condição para assegurar a força e o caráter do PCdoB, à luz das teses contidas nos documentos em debate.

A direção nacional iniciará desde já as consultas visando avaliar o trabalho de direção – Comitê Central e seus demais órgãos -, a avaliação dos membros desse organismo e o recolhimento de consultas em todas as frentes, de candidatos a membro do Comitê Central. Uma orientação nesse sentido foi traçada para que maximamente os estados procurem aplicar a mesma metodologia.

A iniciativa e determinação das direções estaduais será o fator chave para fazer desse Congresso um marco de outro nível de maturidade, compromisso e combatividade do PCdoB em todo o país.

* Walter Sorrentino é secretário nacional de Organização do PCdoB