Revolução Sandinista: população comemora 34 anos de vitória

Em 19 de julho, a população e, em especial, os jovens nicaraguenses celebraram por todo o país os 34 anos da vitória da revolução popular da Frente Sandinista de Liberação Nacional, que neste mesmo dia no ano de 1979 derrotou as forças repressivas da ditadura encabeçada por Anastasio Somoza, membro da família Somoza que há várias décadas estava no poder na Nicarágua.

Composta por camponeses, obreiros, estudantes, mulheres, intelectuais e cidadãos de diversos setores sociais, a Frente Sandinista de Liberação Nacional (FSLN) foi criada em 1962 para homenagear o revolucionário Augusto Cesar Sandino, quem resistiu à invasão norte-americana, na década de 1920, e lutar contra qualquer forma de intervenção estrangeira, em defesa da soberania do país. No sandinismo conflui o pensamento anti-imperialista, socialista e nacionalista.

Desde a criação da FSLN, seus representantes lutavam contra a ditadura, as forças da direita e contra o imperialismo. Após seu triunfo na revolução de 1979, a Frente tomou o poder e começou a fazer transformações no país começando pelos serviços fundamentais como saúde, educação, moradia, reforma agrária e defesa dos recursos naturais. O processo de industrialização gerou emprego e abriu relações com os países socialistas. Este processo durou até 1990, quando o sandinismo perdeu as eleições. Atualmente, a revolução sandinista está de volta sendo representada pelo presidente e líder sandinista Daniel Ortega, eleito em 2006 por voto democrático.

Em virtude desta data, a Federação Sindical Mundial parabeniza o triunfo da Revolução Sandinista "em memória dos combatentes que ofereceram suas vidas e seu sangue na luta por uma Nicarágua sem explorados nem exploradores” e ratifica sua "plena solidariedade com os trabalhadores e povo da Nicarágua”.

Em entrevista ao portal Prensa Latina, a dirigente da União de Jovens Comunistas (UJC) de Cuba, Yuniasky Crespo, disse que a construção de um pensamento coletivo de que a revolução sandinista pertence à juventude nicaraguense é um fato transcendente para a América Latina e Caribe. Ela elogiou o empenho e a responsabilidade dos jovens sandinistas que trabalham para ajudar famílias pobres, crianças e adolescentes, além de fazerem o debate político. "Sem protagonismo da juventude fica impossível construir, desenvolver de maneira crítica e fazer irreversíveis os processos revolucionários”, disse.

Para ela, o exemplo da Nicarágua serve de referente ideológico para os jovens latino-americanos e de outras partes do mundo. "América Latina e Caribe não apenas demonstram a possibilidade real de consolidar a unidade e a integração regional dentro do respeito à diversidade, como também podem prosperar projetos nacionais com vocação socialista”, analisou.

Fonte: Adital