Colóquio reúne em Salvador mulheres da América Latina

O 25 de julho, Dia da Mulher Afro-Latino-Americana e Caribenha, foi lembrado na Bahia, nesta quinta-feira, durante um colóquio internacional que acontece em Salvador até a próxima sexta (26). Batizado de “O movimento de mulheres e os partidos de esquerda nos governos da América Latina”, o encontro reúne mulheres do Brasil, Venezuela, Cuba e El Salvador.

O objetivo do colóquio é discutir o papel dos movimentos feministas e de mulheres diante da nova realidade de governos de esquerda e progressistas na América Latina (AL). O evento, que acontece no Ministério Público do Estado (MP-BA), no CAB, promove também para uma troca de experiências entre as participantes de diferentes países.

“A América Latina vive um momento muito especial e os movimentos sociais conseguiram fazer com que a agenda tivesse ressonância nos espaços institucionais promovidos pelos governos. Por isso, esse é um momento importante de diálogo e a sociedade precisa valorizar isso pra quem a gente possa avançar em direitos sociais”, afirmou a coordenadora da União Brasileira de Mulheres (UBM), Daniele Costa.

A atividade é resultado de uma parceria entre a UBM e a Federação Democrática Internacional de Mulheres (FDIM). Para Liége Rocha, da FDIM, além de promover a integração regional, o evento é importante porque estabelece uma prestação mútua de solidariedade.

“Para as mulheres, a solidariedade é fundamental para garantir a soberania dos povos, de garantir a soberania nacional e um fortalecimento da luta das mulheres, numa perspectiva emancipacionista”, defende Liége.

Representante da Venezuela, Nora Castanhede reforçou a importância da troca de histórias de luta. “Pretendemos mostrar nossas experiências diante do problema de estabelecer uma democracia protagonista. Apesar de não estar mais entre nós, [Hugo] Chávez [ex-presidente do país], deixou muita coisa nesse sentido”, disse.

Além das representantes da UBM, da FDIM e das convidadas internacionais, o colóquio contou, também, durante o primeiro dia, com a presença da deputada federal Alice Portugal (PCdoB), da chefe de gabinete da Secretaria Estadual do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (SETRE), Olívia Santana, a diretora da Bahiafarma, Julieta Palmeira, além de dirigentes sindicais e líderes comunitárias.

Declaração

Ao fim do colóquio, as participantes vão produzir uma declaração com a intenção de marcar o posicionamento das mulheres presentes. A intenção é divulgar às que não conseguiram ir ao encontro.

Parceria

O evento conta com o apoio da SPM- BA (Secretaria de Politicas para as Mulheres do Governo do Estado da Bahia); SETRE; SETUR (Secretaria do Turismo); MP-BA; CTB (Central de Trabalhadoras e Trabalhadores do Brasil); Bahiatursa e Bahiagás.

O 25 de julho

O Dia da Mulher Afro-Latino-Americana e Caribenha foi criado em 25 de julho de 1992, durante o I Encontro de Mulheres Afro-Latino-Americanas e Afro-caribenhas, em Santo Domingos, República Dominicana e marca a luta e a resistência da mulher negra.

De Salvador,
Erikson Walla