Chávez completaria 59 anos; presidente Maduro presta homenagens

“A consolidação da independência nacional, para tornar irreversível a Revolução Bolivariana e construir o socialismo, é uma tarefa que o povo e o governo devem continuar, honrando assim os sonhos do líder venezuelano Hugo Chávez”, disse o presidente da Venezuela Nicolás Maduro, ao comemorar o aniversário de 59 anos de Chávez no Quartel da Montanha, na capital Caracas, neste domingo (28).

Hugo Chávez em Yare, 1992 - AVN

“Nós somos a continuação criadora do projeto de Hugo Chávez. Somos a garantia de que o processo da revolução socialista, inclusiva, democrática e socialista, continue”, disse Maduro.

O presidente afirmou também que “revolução, ação, dor e amor, convertidos em ação diária permanente” são necessários para consolidação do legado de Chávez ao povo venezuelano.

Em homenagem ao presidente falecido em março deste ano, Maduro disse que Chávez respondeu a um povo “órfão” com “a sua honestidade, com a sua sabedoria. Homens que nascem a cada 300 anos, são fenômenos da natureza, fenômenos excepcionais da história dos povos, homens que em si mesmos recolhem a força da história e são capazes de alçar seus povos”.

De acordo com a Agência Venezuelana de Notícias (AVN), Maduro destacou que sobre os ombros dos revolucionários está o futuro dos próximos cem anos, com dois modelos em disputa: a dominação imperial dos Estados Unidos e o modelo libertador de Simón Bolívar, de independência e dignidade, que foi resgatado por Chávez.

Consolidar a economia do país e vencer a sabotagem

Durante a comemoração deste domingo, Maduro indicou que um dos grandes objetivos que traçou a sua administração é consolidar a recuperação econômica e vencer a sabotagem econômica que ainda se mantém no país.

Ressaltou que, com a ajuda da coletividade, a economia do país se alçará até a consolidação. “Fracasso? A esta economia levantamos porque levantamos, com os operários, os trabalhadores da pátria, os empresários honestos, vamos consolidar a recuperação econômica”, afirmou.

Maduro recordou a sua vitória nas eleições de 14 de abril, que chamou de heroica, pois ante a tristeza pela ausência física de Hugo Chávez, o povo seguiu adiante com as diretrizes deixadas por seu líder revolucionário.

O presidente disse ainda que a oligarquia lançou um “ataque rasteiro” que “nos custou 11 vidas, duas crianças assassinadas por ordens dos fascistas. É proibido esquecer-se do ataque fascista de 15 de abril”.

Maduro também aproveitou para detalhar os resultados e compromissos após os 100 dias de administração, com o governo de rua que impulsiona. O Executivo comprometeu-se com 2.450 projetos que nasceram do debate com o povo, afirmou, e foram aprovados para eles 125,5 bilhões de bolívares (16 bilhões de dólares).

Como parte da comemoração dos 59 anos do comandante da Revolução Bolivariana, Hugo Chávez, um fragmento da entrevista realizada pelo jornalista José Vicente Rangel e censurada pelo governo de Carlos Andrés Pérez, onde o líder comprometeu-se a ir ao reencontro com o povo para levar adiante as mudanças que então o país demandava.

"Seja qual for o tempo que aqui passarmos, e seja qual for a forma sob a qual saiamos destas grades, iremos ao reencontro físico com vocês para continuar a marcha, como dizia o cantor do povo venezuelano, Alí Primera, juntando flores, batendo nas portas, juntando sons até chegarmos", expressou Chávez desde a prisão de Yare, em 30 de agosto de 1992.

Com informações da Agência Venezuelana de Notícias