Venezuela faz balanço da gestão de Maduro: governo de inclusão

O balanço dos primeiros 100 dias de governo do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, que venceu as eleições de 14 de abril, mostra que o líder bolivariano orienta sua gestão para a inclusão social de amplos setores da população.

Apoiado por 50,78% dos eleitores, com mais de 7,5 milhões de votos nas urnas, o mandatário socialista representa uma garantia de continuidade a uma política que deixou como saldo investimentos sociais próximos aos 551 bilhões de dólares em 14 anos.

Em face dos questionamentos dos opositores sobre a institucionalidade venezuelana e dos argumentos de suposta incapacidade de Maduro para dirigir os destinos do país, a realidade mostra resultados que jogam por terra os maus agouros da direita.

Entre os elementos mais destacados está o novo esquema de gestão pública denominado governo da eficiência nas ruas, voltado para solucionar os problemas pontuais das comunidades.

O balanço mostrou que desde o 25 de abril e até finais de julho a equipe ministerial venezuelana percorreu os 23 estados do país e o Distrito da Capital.

Como resultado, se realizaram 1.697 inspeções e 964 assembleias com a população, entre outras ações que favoreceram o contato direto com 3,4 milhões de pessoas.

Igualmente, foram adotados 2.404 projetos surgidos do debate com o povo em percursos pelo país que somaram 79.120 quilômetros.

Como parte destas ações foram aprovados recursos da ordem de 125,4 bilhões de bolívares (19,9 bilhões de dólares).

Maduro assegurou que se ativará uma segunda fase do governo nas ruas, o que que implica a avaliação dos cronogramas de execução das obras aprovadas.

Unido a isso, nos próximos meses a agenda oficial concentrará esforços em 12 linhas fundamentais de ação, entre elas a construção de um sistema de governo popular.

Acrescenta-se a isso acelerar a recuperação da economia nacional e abater a inflação, o fortalecimento das missões através da instalação por estados da mesa coordenadora dos programas sociais.

A relação contempla também o enfrentamento à corrupção, a aceleração do plano elétrico (em 100 dias foram produzidos 70 megavolts e poupados 400), o aprofundamento do governo militante nas ruas e uma revolução da cultura e da comunicação. Menção especial foi feita à gestão internacional do governo e ao fortalecimento do Grande Polo Patriótico para enfrentar as eleições municipais de 8 de dezembro, próximo desafio eleitoral para o processo revolucionário venezuelano.

Prensa Latina