Rússia criará obstáculos para espionagem "já conhecida" dos EUA

Para o vice-chefe do Governo, encarregado da indústria bélica e aeroespacial, as denúncias de Snowden, que está desde o passado 23 de junho em Moscou, capital russa, já eram conhecidas de outras fontes.

As revelações sobre o programa Prism, da inteligência norte-americana, mediante o qual acedia a servidores da internet e espionava chamadas telefônicas e correios eletrônicos, reforçaram a necessidade de aumentar a segurança eletrônica russa, de acordo com Rogozin.

O vice-premiê também considerou impossível a existência, na Rússia, de casos de filtração como o de Snowden, e negou a possibilidade de que um simples engenheiro possa ter acesso a tão delicada informação.

No momento, a Rússia está segura, mas poderia tornar-se vulnerável se continuasse com a compra de tecnologia e software estrangeiros, pois se trata de um assunto de segurança nacional, estimou.
No mesmo sentido, o Ministério da Justiça da Rússia anunciou que enviou uma carta de resposta ao titular estadunidense dessa esfera, Erick Holder, embora tenha se abstido de revelar o seu conteúdo.

A missiva de Holder excluía o tema da deportação ou extradição de Snowden e negava a possibilidade de imputar-lhe a pena de morte, admitindo também a entrega de um passaporte temporário ao ex-funcionário da NSA, destaca a agência russa de notícias, Iftar-Tass.

Já o ex-chefe do Serviço Federal de Imigração russo (FMC), Konstantin Romadonovski negou-se a comentar sobre a situação relativa ao jovem estadunidense, e esclareceu que não existe nada exclusivo neste caso.

Snowden entregou uma solicitação oficial ao FMC, no dia 16, de asilo temporário, que está em revisão por uma das direções territoriais dessa dependência, para o que têm um prazo de três meses.

Com informações da Prensa Latina