Oposição faz campanha agressiva contra Cristina Kirchner

Enquanto os partidos de direita reacomodam estratégias e intensificam a ofensiva pública contra o Governo, fica cada vez mais claro quem é quem na corrida eleitoral argentina. Dentre os opositores, chama a atenção o comportamento do candidato peronista Francisco de Narváez, que ataca e troca farpas com a presidenta.

Cristina Kirchner, presidenta da Argentina

Sob o lema de “se não ganhamos agora, eles ficarão mais 10 anos”, o empresário e deputado nacional Francisco De Narváez, primeiro candidato pela Frente União pela Liberdade e Trabalho (Fult) em Buenos Aires, lançou uma agressiva campanha midiática e publicitária atacando a presidenta Cristina Kirchner.

Em um dos vídeos, vários homens e mulheres aparecem recebendo tapas no rosto, em metáfora às supostas agressões do governo. “Antes foi ele. Agora é ela. Ou você”, diz a legenda da propaganda. Os responsáveis pela campanha de Narváez também espalharam cartazes pela cidade com os dizeres: “Ela ou você; eu vou com você”.

Da Narváez buscou alianças com Maurício Macri, governador de Buenos Aires e cabeça do partido direitista Proposta Republicana (PRO) e depois com o intendente de Tigre, Sérgio Massa, que foi chefe de Gabinete de Cristina e agora é seu opositor político em busca de uma banca no Congresso.

Massa recusou unir a Frente Renovadora com o Fult de Narváez, que agora o recrimina sempre que tem a oportunidade, chegando inclusive a chama-lo de “falso oficialista e falso opositor”. Todavia, ao evidenciar seus laços com a direita, o próprio Massa perdeu o apoio de um grupo importante de líderes peronistas aos quais se uniu a princípio.

A aliança Unen (Frente de Centro-esquerda) também mostra brechas em uma campanha eleitoral na qual se definem posições. É um conglomerado de pequenos blocos de centro-esquerda, criado de forma circunstancial para a ocasião, somada a Frente de Esquerda e dos Tabalhadores (FIT, em sua sigla em espanhol), também está bem definida em forte oposição a presidenta Kirchner.

No atual contexto político argentino poderia parafrasear “todos contra uma e uma contra todos” a partir da máxima do ilustre autor Alexandre Dumas.
Unen tem interesses dissimiles e seus líderes encheram a coalizão de fissuras. O FIT, da extrema esquerda, parece ser o único que mantém a coesão na corrida eleitoral, mas suas possibilidades são realmente escassas.

A competição se encaminha primeiro para as eleições primárias internas de 11 de agosto, que definirão os candidatos aos comícios legislativos de 27 de outubro, em que se renova a metade da Câmara de Deputados e um terço do Senado.

Com informações da Prensa Latina e de Agências Internacionais
Da redação do Vermelho