Snowden estuda possibilidade de se manter na Rússia

Depois de receber o asilo temporário na Rússia, o ex-analista da Agência Nacional de Segurança estadunidense (NSA), Edward Snowden, deve decidir ainda se ficará no país permanentemente. A informação foi dada por seu advogado Anatoli Kucherena.

Ainda que num primeiro momento o próprio Kucherena anunciou que Snowden ficaria nesta nação e poderia solicitar a residência temporária e depois a cidadania, agora admite que seu cliente deverá decidir isso futuramente. Ele mesmo anunciará, afirmou.

O advogado do ex-contratado da NSA afirmou que este último é livre para viajar quando quiser, inclusive regressar aos Estados Unidos, mas no momento descarta qualquer plano imediato de sair da Rússia, explicou, citado pela Russia Today.

Ontem, Pavel Durov, fundador do site Vkontakte (Em contato), o chamado Facebook russo, ofereceu ao jovem estadunidense de 30 anos um emprego no departamento de segurança informática dessa rede social, destaca a agência Itar-Tass.

Kucherena afirma que, no momento, foi decidido o assunto da moradia para Snowden, que denunciou o programa Prism da inteligência norte-americana para acessar servidores de Internet e espionar chamadas telefônicas e correios eletrônicos.

Vários amigos novos, inclusive dos Estados Unidos, encarregam-se agora da segurança pessoal do também ex-técnico da Agência Central de Inteligência, sublinhou.

O advogado do jovem norte-americano esclareceu que as evidências sobre o programa XkeyScore, para o armazenamento de dados dos usuários de Internet, expostas na quarta-feira passada no The Guardian, não violam o compromisso de Snowden perante Moscou.

Para receber o asilo temporário, o ex-funcionário da NSA precisou prometer pessoalmente ao Kremlin que suspenderia a publicação de documentos sobre práticas da inteligência norte-americana.

Os dados revelados na publicação britânica são parte dos centenas de documentos que Snowden entregou a vários jornalistas antes de viajar à Rússia, no dia 23 de junho, procedente de Hong Kong, alegou Kucherena.

Fonte: Prensa Latina