Cristina: Conselho de Segurança mantém lógica da Guerra Fria

Durante sua intervenção na reunião do Conselho de Segurança da ONU, presidida por ela, a presidenta argentina, Cristina Kirchner, reforçou, nesta terça-feira (6), a necessidade de “revisar o funcionamento” do organismo e pediu a todos os países membros das Nações Unidas que cumpram as resoluções da Assembleia Geral.

Cristina Kirchner preside reunião do Conselho de Segurança da ONU/ foto: Presidência da Argentina

Mencionando uma “doutrina da América do Sul”, a presidenta criticou o direito de veto de algumas nações e afirmou que na região “as resoluções se tomam por unanimidade quando há conflitos” o que “ajuda na solução das controvérsias”.

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“Queremos que a lógica do Conselho de Segurança seja repensada”, declarou a presidenta e sustentou que o funcionamento do organismo corresponde à época da Guerra Fria. “Há uma nova realidade, novos problemas”, declarou, e questionou o direito de veto dos membros permanentes do Conselho de Segurança porque afeta a “resolução de conflitos”. Acrescentou que quando a Assembleia Geral das Nações Unidas emite uma resolução “não estamos diante de opiniões discordantes” e pediu que os países membros respeitem estas disposições.

A presidenta também pediu que “seja, estabelecidas regulações globais para assegurar as soberanias dos países e a defesa da vida privada dos cidadãos, diante de fatos de conhecimento público”. A mandatária acrescentou que “podemos viver na diversidade e estas ideias diferentes não nos transformam em inimigos”.

A Argentina assumiu o comando do Conselho na semana passada, pelo prazo de um mês, durante o qual tentará orientar o debate à proteção dos civis nas zonas de conflito e à ajuda para a reconstrução do Haiti.

Unasul

Durante sua intervenção, a ministra de Relações Exteriores do Peru, Edda Rivas, destacou o papel da União das Nações Sul Americanas (Unasul) na solução de conflitos inter-regionais e ressaltou o apoio a instituição no apoio aos processos de paz entre o governo da Colômbia e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia-Exército do Povo (Farc-EP).

“Trata-se de uma oportunidade histórica, favorecida pelo ambiente de cooperação e diálogo que existe na América do Sul”, assegurou Rivas.

A chanceler mencionou ainda o caso do Haiti como mostra do compromisso da Unasul com uma causa de solidariedade regional para consolidar a estabilidade, fortalecer as instituições e avançar na reconstrução e desenvolvimento sustentável com justiça social.

Da Redação do Vermelho,
com agências